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Tratamento precoce não é decisivo no enfrentamento da pandemia, mas sim vacinação, diz Queiroga

Por Redação em 06/05/2021 às 13:49:54
Ministro da Saúde disse ainda que medidas não farmacológicas também são decisivas no combate à Covid. Queiroga é o terceiro a depor na CPI. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (6) que a questão do tratamento precoce não é decisiva no enfrentamento a pandemia e que o "que é decisivo é justamente a vacinação e as medidas não farmacológicas".

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Queiroga é o terceiro a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele está há um mês e meio no cargo. O ministro foi à CPI na condição de testemunha. Isso implica que ele deve falar a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho. A Comissão ouviu nos últimos dias os ex-ministros Henrique Mandetta e Nelson Teich.

"Há um agrupamento de colegas que defendem fortemente esse chamado tratamento precoce com esses fármacos e há outros colegas que se posicionam contrariamente e o Ministério da Saúde quer acolher todos para que cheguemos a um consenso. Essa questão do tratamento precoce não é decisiva no enfrentamento a pandemia, o que é decisivo é justamente a vacinação e as medidas não farmacológicas", disse Queiroga.

Entre as medidas não farmacológicas citadas por Queiroga, está o uso de máscara pela população.

"Temos que orientar a população a aderir às medidas não-farmacológicas que parecem simples, e são simples. É necessário reforçar de forma reiterada, por exemplo, o uso da máscara", disse o ministro.

A CPI da Covid destina-se a apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.

Falta de objetividade

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), reclamou durante a sessão desta quinta-feira (6) do que chamou de "falta de objetividade" do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que estava prestando depoimento.

Renan perguntou diversas vezes se Queiroga compartilhava da opinião do presidente Jair Bolsonaro de que a cloroquina deve ser usada para tratar a Covid. O medicamento, que não tem eficácia para a doença, faz parte do "kit Covid" defendido por Bolsonaro.

Em todas as respostas, Queiroga dizia que a questão é técnica. Ele também alegou que a questão deve ser decidida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

"Conforme já externei, não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente da República. Essa questão é de natureza técnica. Essa medicação, como outras, foi suscitada no tratamento da Covid. no começo, o uso compassivo foi feito em diversas instituições. E já existem estudos controlados que mostram que pacientes mais graves, em UTI, não tem efeito. Em pacientes intermediários, não tem efeito", respondeu Queiroga.

Renan não ficou satisfeito com as respostas e comentou: "Vou passar para a pergunta seguinte, porque não conseguimos resposta".

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Fonte: G1

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