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Marcelo Queiroga presta depoimento na CPI da Covid; veja frases

Por Redação em 06/05/2021 às 12:20:06
Queiroga, o quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro, é o terceiro a depor na CPI da Covid. Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde, durante CPI da Covid, em 6 de maio de 2021

Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, depõe nesta quinta-feira (6) na CPI da Covid.

Queiroga foi o quarto ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e, quando ele foi escolhido, o país já tinha 278 mil mortos em decorrência da Covid-19.

Ele foi escolhido como ministro no dia 15 de março.

Ele é ouvido na condição de testemunha, quando há o compromisso de dizer a verdade sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho.

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Vacina é a resposta

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Queiroga pediu para que o Congresso “dê um voto de confiança” ao trabalho dele no Ministério da Saúde.

“Só temos um inimigo, o vírus, o novo coronavírus, e temos que unir nossas forças para cessar o estado pandêmico da doença”, disse ele.

Logo no início de sua fala, ele falou que “a solução é a campanha de vacinação”.

A vacina contra a Covid é a resposta da ciência, de acordo com Queiroga.

Ele lembrou que assumiu o ministério há cerca de 40 dias. “Não tenho condições de me ater a todos os detalhes de um ministério complexo”, disse ele.

Mas ele ressaltou também que houve mudanças —especialmente a respeito da relação com órgãos multilaterais.

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“Ampliamos nossa relação com organismos multilaterais da saúde pública. A nossa relação com organismos multilaterais da saúde pública é produtiva e isso tem sido fundamental para conseguirmos insumos estratégicos para nosso sistema de saúde.”

Ministro pede máscaras

Em sua primeira resposta, Queiroga tentou incentivar o uso de máscaras: "São medidas não farmacológicas que parecem simples e são simples, como o uso das máscaras, temos que investir em medidas não farmacológicas, políticas de testagem e fortalecer o nosso sistema de saúde para que seja capaz de atender os casos mais graves, os pacientes com síndromes respiratórias graves".

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Ele então ressaltou que o sistema de saúde é tripartite, com União, estados e municípios. "Estamos com nossa equipe técnica com diretrizes que devem ser colocadas à sociedade e secretarias estaduais e municipais", disse ele.

Essa é uma doença que até pouco tempo era desconhecida, não tinha tratamento específico.

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Ministro evita dar resposta sobre cloroquina

VÍDEO: Senadores pressionam Queiroga a responder sobre a cloroquina

Perguntado diversas vezes sobre qual é a opinião dele sobre a cloroquina e se ele concorda com a campanha que o presidente Jair Bolsonaro faz ao "tratamento precoce", Queiroga evitou dar resposta.

VÍDEO: 'Eu não autorizei distribuição de cloroquina na minha gestão', diz Queiroga

Ele não respondeu a pergunta, argumentando que essa é uma questão técnica: "Gostaria de manter meu posicionamento final para quando o protocolo for elaborado", "essa é uma questão técnica", "existem correntes da medicina, uma corrente é contrária o tratamento precoce, outra corrente defende; essa questão precisa de posicionamento técnico, e o ministro da saúde é a última instância a opinar".

'Juízo de valor'

O ministro Queiroga também evitou dizer se ele concorda com outras declarações do presidente Bolsonaro.

O senador Renan Calheiros o pressionou a respeito de dois temas:

Declarações de Bolsonaro sobre proibir que estados e municípios decretem lockdowns;

Declarações de Bolsonaro contra a vacinação

Em ambos os casos, Queiroga alegou que não iria "fazer juízo de valor" sobre as declarações de Bolsonaro.

"O que o presidente falou comigo acerca desse tema é que ele queria assegurar a liberdade das pessoas. Assegurar a liberdade das pessoas eu concordo", ele afirmou.

VÍDEO: Queiroga concorda em assegurar a liberdade das pessoas

A respeito das vacinas, ele afirmou: "São posições externadas que penso não têm impacto na campanha de vacinação". Ele não disse se concordava com as declarações de Bolsonaro.

Conselho de aconselhamento

Outro momento em que Queiroga evitou dar uma resposta direta, de acordo com a formulação da questão, foi a respeito de um conselho do presidente Jair Bolsonaro.

Renan Calheiros perguntou se ele tinha conhecimento de um conselho extraoficial. "Não tenho conhecimento desse aconselhamento paralelo e não tenho conhecimento da elaboração do mérito. Eu não posso falar de um aconselhamento paralelo que não tenho conhecimento", respondeu Queiroga.

Fonte: G1

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