Será a primeira entrega do contrato de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. O lote com 1 milhão de doses virá da fábrica na Bélgica, e o desembarque é previsto para o dia 29 de abril, em Campinas. Ministério da Saúde vai priorizar capitais para receber a vacina da Pfizer
O Ministério da Saúde divulgou detalhes sobre a chegada do primeiro lote da vacina Pfizer ao Brasil.
É a primeira entrega do contrato de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. O lote com 1 milhão de doses virá da fábrica na Bélgica. O desembarque é previsto para o dia 29 de abril, no aeroporto de Viracopos, em Campinas.
“No final do dia e no próprio dia 29 a gente já comece as primeiras remessas ou eventualmente no dia 30, a depender da malha aérea disponível em Guarulhos. Mas a expectativa é de distribuí-las ainda no mês de abril. A previsão para maio é de 2,5 milhões de doses. Serão quatro carregamentos semanais, com a expectativa de cada carregamento em algo próximo de 650 mil doses”, diz o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
O Ministério da Saúde quer que essas remessas sejam restritas às 27 capitais. Isso porque a vacina da Pfizer é composta por material genético sintético, que requer armazenagem em baixíssimas temperaturas para se manter estável, 75 graus negativos, com variação de 15 graus para mais ou para menos.
O lote das vacinas vai primeiro para a Central de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos, onde ficará armazenado nas caixas especiais da própria Pfizer a uma temperatura de 80 graus negativos.
A distribuição das doses será feita em caixas com bobinas de gelo, e podem ficar nessas caixas por até 14 dias. Assim que forem colocadas nos pontos de vacinação do SUS, poderão ficar numa maior e a aplicação deve ocorrer em até cinco dias. O governo federal está comprando 183 freezers para o armazenamento dessas vacinas.
“Acreditamos que muitas outras cidades de médio e grande porte terão condição de receber essas vacinas da Pfizer. Mas a princípio será exclusivo para as capitais porque é lá que nós temos os grandes refrigeradores e a condição necessária de fazer o armazenamento e a operacionalização dessas vacinas”, explicou o presidente do Conasems, Wilames Freire.
Por causa dessa complexa logística, a distribuição será feita em duas etapas: 500 mil para a primeira dose e, depois, outras 500 mil, para a segunda aplicação, com intervalo de 20 dias.
O Ministério da Saúde espera receber mais 12 milhões de doses da Pfizer em junho, totalizando 15,5 milhões no primeiro semestre. O restante, 84,5 milhões de doses, deve ser entregue entre julho e setembro.
