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Alas da esquerda comemoram decisão do STF sobre parcialidade de Moro

Por Redação em 23/04/2021 às 08:58:56

O plenário do Supremo Tribunal Federal, na última quinta-feira, 22, formou maioria e manteve a decisão da Segunda Turma sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no processo em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex no Guarujá. Ainda assim, o julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello. O placar já está em 7 votos a 2, restando os votos desse ministro e de Luiz Fux. A decisão trouxe divisão no meio político e jurídico. Alas da esquerda brasileira comemoraram com entusiasmo o placar.

Fernando Haddad, candidato à presidência em 2018 pelo PT, disse que a decisão do STF define a chance de voltar a viver numa democracia plena. O deputado federal Ivan Valente (Psol) disse que o Supremo decidiu que Sergio Moro é suspeito e o chamou de juiz ladrão, ministro da fraude. Também do psol, o líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo, disse que a decisão do STF não se trata de Lula — mas sim do estado democrático de direito. A deputada federal do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a decisão mostra que nenhuma injustiça pode durar para sempre. Mas, do outro lado, reclamações.

Roberson Pozzobon, procurador da República e integrante da Lava Jato em Curitiba, lembrou de casos históricos que foram ao STF sem prosseguimento. E lembrou que anulações não apagam a história, mas fazem com que se repita. Thamea Danelon, outra integrante da equipe da operação, disse que houve retrocesso de sete anos e ainda usou Rui Barbosa em famosa citação sobre a injustiça. O senador Eduardo Girão lamentou a decisão e disse que o Brasil tem uma dívida de gratidão com a Lava Jato, símbolo contra a impunidade. Alex Manente, deputado federal autor da PEC da prisão em segunda instância, disse que o Brasil é o único país que o juiz é suspeito e o criminoso é inocente. Para ele, a decisão do STF é um escárnio. Após a sessão de ontem, o caso do triplex precisará ser retomado da estaca zero pelos investigadores e só vale para o caso de Lula.

*Com informações do repórter Fernando Martins

Fonte: Política

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