Haverá toque de recolher durante quase um mês. Polícia e as forças armadas vão vigiar o cumprimento das restrições. Presidente do Equador, Lenín Moreno
Presidência do Equador / AFP Photo
O presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou nesta quarta-feira (21) estado de exceção por 28 dias no país, que inclui toque de recolher, diante da velocidade de contágio da Covid-19.
Anunciado por Moreno no Twitter, o decreto afeta 16 das 24 províncias do país, passa a valer nesta sexta (23) e vai até dia 20 de maio, e responde, segundo o presidente, ao impacto da covid em adolescentes, que lotam unidades de terapia intensiva, assim como à presença de novas variantes do vírus. Moreno falou em "uma calamidade pública".
A medida implica a suspensão dos direitos à liberdade de circulação, associação e reunião, assim como a inviolabilidade do domicílio "para evitar reuniões e aglomerações.
A polícia e as forças armadas vão vigiar o cumprimento das restrições, segundo o documento.
O decreto inclui toque de recolher noturno de nove horas, entre 20h e 5h.
A venda de bebidas alcoólicas será proibida durante o toque de recolher.
Só poderão circular trabalhadores de setores estratégicos, saúde, venda de alimentos e remédios, serviços básicos, meios de comunicação e serviço diplomático.
Também se impõe obrigatoriamente o trabalho remoto, no setores público e privado. As aulas presenciais continuarão suspensas em todo o país.
Nos 28 dias de duração do estado de exceção, o plano de vacinação não será suspenso.
O Equador vacinou 179.292 pessoas com as duas doses, enquanto 421.937 receberam a primeira, segundo dados oficiais de terça-feira (20).
Com 17,5 milhões de habitantes, o país soma 363.000 casos de covid-19 e mais de 17.800 mortos.
O ministro da Saúde, Camilo Salinas, disse que cerca de 200 pessoas em todo o país esperam um leito de hospital para receber tratamento para a covid.