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Flávio Bolsonaro pede ao Conselho de Ética que apure se Kajuru quebrou decoro parlamentar

Por Redação em 12/04/2021 às 20:39:35
Senador é filho do presidente da República. Neste domingo (11), Kajuru (Cidadania-GO) divulgou trecho de telefonema que teve com Jair Bolsonaro sobre CPI da Pandemia. Flávio Bolsonaro entra com representação contra senador Kajuru no Conselho de Ética do Senado

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu nesta segunda-feira (12) ao Conselho de Ética do Senado que apure se o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) quebrou o decoro parlamentar.

Neste domingo, Kajuru divulgou o conteúdo de uma conversa telefônica que teve com o presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio.

No telefonema, Bolsonaro reclama da CPI da Pandemia, que, para ele, só investigará o governo federal. Ainda na ligação, o presidente da República diz temer um relatório "sacana". Bolsonaro também xinga e ameaça agredir o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de criação da CPI.

O Conselho de Ética do Senado está parado. A última reunião ocorreu em setembro de 2019. Aguardam análise do colegiado representações contra Flávio Bolsonaro, relacionada ao caso das rachadinhas, e Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca.

A Frente Nacional dos Prefeitos se manifestou nesta segunda-feira sobre o áudio. Disse que Bolsonaro busca um "cortina de fumaça".

Diante do episódio, o Cidadania, partido ao qual Kajuru é filiado, pediu ao parlamentar que deixe a legenda.

Veja trechos da conversa entre Bolsonaro e Kajuru

Argumentos

Na denúncia apresentada ao Conselho de Ética do Senado, Flávio Bolsonaro classifica a gravação como "clandestina". Diz também que Kajuru divulgou a conversa sem justificar "a estrita necessidade".

"Incorreu [Jorge Kajuru] em conduta manifestamente incompatível com o decoro parlamentar e com a compostura pessoal que se espera de uma autoridade, máxime [principalmente] em assuntos de natureza sensível e em diálogo direto com o presidente", diz Flávio Bolsonaro.

Kajuru afirma que avisou Bolsonaro sobre a gravação. Segundo ele, o presidente não se opôs à divulgação.

Em outro trecho do documento, Flávio Bolsonaro lembra que a conversa veiculada por Kajuru está relacionada à CPI da Pandemia, cuja instalação foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, após ação apresentada pelo próprio Kajuru e por Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O filho do presidente acrescenta que a divulgação do áudio aumenta a crise institucional "que domina o país".

Quando Barroso determinou a instalação da CPI, Bolsonaro afirmou em uma rede social que falta "coragem moral" ao ministro do STF e "sobra-lhe imprópria militância política".

Em resposta a Bolsonaro, Luís Roberto Barroso afirmou que age com seriedade. O próprio Supremo também se posicionou, declarando que os ministros tomam decisões "conforme a Constituição e as leis".

Fonte: G1

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