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Dira Paes e Babu Santana abrem programação de festival paraense sobre cinema feito nas periferias

Por Redação em 05/04/2021 às 20:28:28
Evento on-line vai de 10 e 30 de abril, com palestras, oficinas, circuito de cineclubes, mostra de filmes e de vídeo mapping, abordando a inclusão digital. Dira Paes

Diego Vara / Pressphoto

O Festival de Cinema das Periferias da Amazônia - Telas em Movimento promove, entre 10 e 30 de abril, palestras, oficinas, circuito de cineclubes, mostra de filmes e de vídeo mapping, abordando a inclusão digital. Na programação está a participação de Dira Paes e Babu Santana.

Segundo a idealizadora do projeto, Joyce Cursino, "a ideia é trazer à tona o assunto, apontando que existem pessoas que estão à margem da conexão e, portanto, à margem de direitos básicos, principalmente, no cenário de pandemia".

A programação de abertura do evento é um bate papo virtual que conta com Babu Santana e Dira Paes.

Dira, que é ativista dos direitos humanos, defensora de causas sociais e ambientais, diz que "é fundamental no Pará, quando falamos de inclusão digital e inclusão social, saber que na Amazônia os estados são como terras descontínuas, ou seja, que você não chega por terra, por isso o título do festival faz todo sentido".

"São navegações porque somos da água e meu olhar como atriz vai muito do meu olhar como cidadã, esse olhar de cidadã me formou como atriz. Eu conheço o povo de perto, e isso é fundamental para quem quer ser ator, tem que ter esse contato com o que é de mais humano na vida”, complementou. O bate-papo vai ao ar no próximo sábado (10).

Nesta edição o projeto apoia a Campanha Terra Solidária, iniciativa do projeto Tela Firme que busca ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social do bairro da Terra Firme, periferia de Belém. O evento também se propõe a discutir a democratização do acesso ao cinema nas periferias.

Babu Santana

Divulgação/Christoffer Pixinine

Para Babu, “a chegada do cinema às comunidades do Brasil gera reflexão, instiga a imaginação, a interpretação e leitura do mundo através da exposição de histórias, e quando me perguntam o que o cinema pode fazer neste período que estamos vivendo de pandemia, entendo que o cinema poderia moldar a empatia das pessoas, a sensibilidade, influenciar no cuidado mútuo em comunidade".

No dia 12 de abril, a programação segue com a palestra "O Panorama da Inclusão Digital e a Covid-19 no Norte do Brasil", ministrada pela Cooperação da Juventude Amazônica pelo Desenvolvimento Sustentável (Cojovem). Entre 13 a 16 de abril, é realizada a oficina de audiovisual com jovens das ilhas, quilombos e periferias do Pará atendidos pelo projeto. A turma também contará com participação de alguns jovens do Movimento República de Emaús.

Como resultado das oficinas, será realizada uma mostra com os filmes produzidos pelos jovens. A previsão de divulgação é entre 19 ao dia 23 de abril, pela internet.

Programação

Nos dias 13 e 14 de abril, de 17h às 19h, ocorre o “Circuito de Cineclubes”, contando a história dos cineclubes no Brasil e no Pará, o que será debatido por Marco Antônio Moreira, presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará (ACCPA).

A programação vai abordar a história de cineclubes da região metropolitana de Belém, por meio de uma plataforma digital, aberta ao público com inscrições prévias em uma página na internet.

Já a projeção audiovisual reunirá desenhos feitos por crianças e animada por artistas pretos periféricos de Belém. As animações foram resultados de um extenso trabalho realizado pelo projeto em 2020, o “Telas da Esperança”, que reproduziu para o audiovisual o imaginário das crianças sobre o novo coronavírus, trabalho realizado nos bairros do Guamá e Terra Firme e na Ilha do Combu. O local e data não serão divulgados para evitar aglomerações.

Para encerrar o evento, a fonoaudióloga Isabel Ventura vai ministrar uma oficina sobre cuidados básicos com a voz para os comunicadores do estúdio de rádio e tv, projeto da Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE), que também irão protagonizar o bate papo “TV e Rádio com APAE Belém: inclusão, potencialidades e autonomia”, que vai ao ar no dia 28 de abril.

A 3ª edição do Festival Telas em Movimento foi contemplada pela Lei Aldir Blanc através da Secretaria de Cultura do Pará e Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, por meio do edital de Festivais Integrados. As gravações das lives seguiram as recomendações das autoridades de saúde em virtude da pandemia da Covid-19.

Telas em Movimento

O projeto Telas em Movimento vem desde 2019 desenvolvendo trabalho nas periferias urbanas e ribeirinhas da região metropolitana de Belém, com foco na ampliação de debates e produção cinematográfica e artística com impacto social em comunidades.

Desde o início, o projeto é realizado pela Negritar Filmes e Produções em parceria com uma rede de colaboradores, cineclubistas e apoiadores que juntos tiveram um papel de cobrança de políticas públicas para as periferias.

Durante a pandemia, o projeto retornou às comunidades e realizou as ações “Telas contra a Covid” e “Telas da Esperança”, mobilizando alimentos, kits de higiene, difundindo informação acerca da Covid-19 e incentivando as crianças a imaginação criativa através de desenhos.

Fonte: G1

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