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Falta remédio para intubação e sedação em hospitais do Rio, dizem médicos e parentes de pacientes

Por Redação em 03/04/2021 às 20:26:29
RJ2 apurou o problema em duas unidades do município: o Hospital Anchieta, na Zona Portuária do Rio, e no Pedro II, na Zona Oeste da cidade. A Secretaria Estadual de Saúde nega falta no Hospital de Anchieta. Hospitais do RJ têm falta de medicação para sedar pacientes com Covid

Falta remédio para intubação e sedação m unidades de saúde do Rio. Os relatos são de parentes de pacientes e de profissionais de saúde. A Secretaria Estadual de Saúde nega.

Segundo as testemunhas, que não quiseram se identificar, a falta de medicação acontece no Hospital Anchieta, na Zona Portuária do Rio, e no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste.

Uma enfermeira do Hospital Estadual de Anchieta, no Caju, Zona Portuária do Rio, desabafou em uma rede social.

"Acabou fentamil, acabou morfina e a sugestão de conduta é: contenção física"

O hospital reabriu em setembro de 2020 para receber pacientes com Covid-19. A enfermeira denuncia a falta de remédios para sedação e lamenta a solução encontrada.

Há pacientes que para não se debaterem e tentarem tirar o tubo ficariam amarrados. Sentindo dor. Ela conclui: "Eu nem sei mais o que sentir, além de tristeza e impotência".

Um médico, que não se identificou, explica o que está acontecendo no hospital.

O mesmo acontece no Hospital Pedro II. Lá, a contenção de pacientes também é um procedimento.

"A gente é obrigada a fazer a contenção mecânica. O médico prescreve a contenção mecânica e seja o que de Deus quiser. É tenso porque eles não ficam sedados"

Em outro relato, o mesmo drama: "É tenso porque eles não ficam sedados e fica muito difícil".

Sobre a falta de medicamentos no Hospital Pedro II, a Secretaria Municipal de Saúde informou que as unidades estão abastecidas e que podem ocorrer faltas pontuais por causa do grande volume de atendimentos.

Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) nega a falta de medicamentos do chamado “kit intubação” no Hospital Estadual Anchieta. (veja íntegra da nota abaixo)

"A Secretária esclarece que tem realizado entregas frequentes desses medicamentos aos municípios e unidades de saúde de todo o estado. Entre os itens distribuídos estão: atracúrio, propofol e morfina, medicações fundamentais para o tratamento de pacientes internados em estado grave em UTI.

A SES esclarece que embora a aquisição dos medicamentos seja de responsabilidade do Ministério da Saúde, aderiu uma ata de preços para aquisição do kit. Contudo o risco de desabastecimento tem ocorrido em todo o Brasil, uma vez que a indústria farmacêutica informou não estar conseguindo assegurar o fluxo de fornecimento devido à crescente demanda.

A Secretaria destaca que o repasse dos medicamentos enviados pelo MS, é realizado de forma equânime e com participação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), para as unidades e municípios que constam no Plano Estadual de Contingência para Enfrentamento da Covid-19".

Fonte: G1

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