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Coronavírus: Mais da metade dos 22,9 mi de testes não tem data para chegar

Por Redação em 09/04/2020 às 21:25:23

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde afirmou, nesta quinta-feira (9), que só há previsão de entrega para 9,8 milhões de testes para o coronavírus, dos 22,9 milhões previstos pela pasta. O exames são tanto comprados, quanto doados, e incluem testes moleculares e rápidos. Ou seja, para 13,7 milhões de unidades, o prazo é uma incógnita.

Apenas 904.872 testes já foram entregues, sendo 500 mil unidades do teste rápido e 404 872 unidades do teste molecular, também conhecido pela sigla RT-PCR. A remessa integral só deve ser concluída no final de julho.

Na prática, o ministério recebeu apenas 9,9% da parcela de exames com entrega programada. Em abril, a previsão é de que mais 525 mil testes moleculares serão entregues. Três remessas de 1 milhão de testes cada estão programadas para maio, junho e julho.

O Ministério da Saúde detectou "limitações importantes" nos 500 mil testes rápidos doados pela mineradora Vale, fabricados na China, e pediu cautela a gestores do SUS ao aplicar o produto. A desconfiança do governo federal surgiu após análise de qualidade de um laboratório privado, feita a pedido da pasta, apontar 75% de chance de erro em resultados negativos para o novo coronavírus.

O porcentual de erro cai para 14% em exames positivos, ou seja, que apontam a infecção, mas mesmo assim foi sugerido que o produto seja aplicado apenas em pessoas que apresentam sintomas da Covid-19 há pelo menos 7 dias para evitar diagnóstico falso.

Distanciamento

Os testes em massa são uma necessidade vital para que o setor de saúde do País, seja público ou privado, se planeje e organize minimamente uma estrutura capaz de atender os pacientes com suprimentos, estrutura de leitos e apoio médico.

Por causa dessa situação, o Ministério da Saúde continua defendendo o "distanciamento social ampliado" adotado pela maior parte dos Estados, apesar do presidente Jair Bolsonaro pedir reiteradamente a flexibilização das quarentenas.

"As Unidades da Federação que implementaram medidas de distanciamento social ampliado devem manter essas medidas até que o suprimento de equipamentos (leitos, EPI, respiradores e testes laboratoriais) e equipes de saúde (médicos, enfermeiros, demais trabalhadores de saúde e outros) estejam disponíveis em quantidade suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo", declara a pasta em nota.

"As estratégias de distanciamento social adotadas pelos Estados e municípios, contribuem para evitar o colapso dos sistemas locais de saúde, como vem sendo observado em países desenvolvidos como EUA, Itália, Espanha, China e recentemente no Equador", afirma o boletim. "Essas medidas temporárias permitem aos gestores tempo relativo para estruturação dos serviços de atenção à saúde da população, com consequente proteção do Sistema Único de Saúde."

O ministério lembra que "não há possibilidade de evitar a epidemia", mas há estratégias "para diminuir o pico epidêmico em número de casos e distribuí-los ao longo do tempo a fim de preparar o sistema de saúde".

De ontem para hoje, foram 141 óbitos. No total,pelos menos 941 pessoas foram vítimas da doença no País.O número total de casos oficialmente confirmados subiu de 15.927 para 17.857 casos, um aumento de 12% em apenas 24 horas.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: JP

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