Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, mas o MPF informou que há dois ex-secretários, empresários, um operador financeiro de agente político e familiares beneficiários do esquema. MPF apresenta três denúncias no âmbito da segunda fase da Operação Alcatraz
O Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina ajuizou mais três denúncias envolvendo investigados da segunda fase da Operação Alcatraz noite de quarta-feira (3). A representação envolve 15 pessoas pelos crimes de peculato, fraudes em contratos e lavagem de dinheiro. (Veja abaixo detalhes sobre as fases da operação)Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, mas o MPF informou que há dois ex-secretários, empresários, um operador financeiro de agente político e familiares beneficiários do esquema. Além de pedir aplicação de multa para quem for condenado, foi solicitado à Justiça Federal que os envolvidos devolvam R$ 21,8 milhões, com atualização monetária, que teriam sido obtidos por meio de fraudes investigadas. Operação Alcatraz: Justiça aceita denúncia contra 7 acusados de fraude em licitaçãoDeputado Julio Garcia, presidente da Alesc, tem prisão domiciliar decretada na 2ª fase da Operação AlcatrazNa denúncia, o MPF afirmou que os evolvidos fraudaram um contrato junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES), feito por meio de um pregão em 2009. O processo buscava a contratação de uma empresa especializada para implantação de uma solução integrada de sistema informatizado para a Assistência à Saúde e Gestão de Desempenho.Os serviços incluíam consultoria, customização e manutenção, suporte técnico e operação do sistema. Segundo o órgão federal, ao fraudarem o processo os investigados tinham "o intuito de obter, para si e para os demais envolvidos no esquema criminoso, as vantagens decorrentes da adjudicação do objeto daquela licitação". O G1 SC entrou em contato com a Secretaria de Comunicação de Santa Catarina (Secom), mas até as 9h10, não houve retorno. Operação AlcatrazPrimeira faseA Operação Alcatraz foi deflagrada em maio de 2019 para investigar supostas fraudes em licitações, desvio de dinheiro e superfaturamento de contratos de prestação de serviço de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia firmados com órgãos do governo do estado.Na época, foram cumpridos 11 mandados de prisão, entre empresários e agentes públicos, sendo sete preventivas e quatro temporárias, e 42 mandados de busca e apreensão, em órgãos públicos, empresas e residências, em Florianópolis, São José, Antônio Carlos e Ituporanga, bem como na cidade paulista de Vinhedo.Segunda faseJá na segunda fase da operação, chamada de Hemorragia, deflagrada no dia 19 de janeiro teve como alvo uma suposta organização criminosa suspeita de corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro em Santa Catarina. Segundo a Polícia Federal, 19 de 20 mandados de prisão foram cumpridos, todos com prisão domiciliar.Conforme a investigação a Polícia Federal, ao menos R$ 500 milhões teriam sido pagos pelo governo para as principais empresas de tecnologia por cerca de 10 anos e a suspeita é de fraudes que ultrapassam R$ 50 milhões.Confira as reportagens mais assistidas da NSC TV nesta semana no G1Veja mais notícias do estado no G1 SCFonte: G1