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Atividades da Unicamp criaram 170,9 mil empregos na região de Campinas em 2019, indica estudo

Por Redação em 24/02/2021 às 18:30:35

Antoninho Perri/Ascom/Unicamp

Um estudo realizado por pesquisadores Unicamp indica que as atividades universitárias foram responsáveis pela criação de 170.915 empregos diretos e indiretos na região de Campinas (SP) em 2019. O número leva em conta o impacto dos servidores, das "empresas-filhas" da universidade e dos alunos ligados à instituição.

Além disso, o levantamento aponta que a universidade gerou um impacto de R$ 13,8 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) da região no mesmo período. Segundo Mariano Laplane, economista da Unicamp e um dos autores do estudo, a pesquisa revela um aspecto da instituição ainda pouco explorado.

"Acho que a gente está tornando visível uma coisa que parecia invisível, impossível de estimar. É bem possível, com a metodologia que todos os economistas do mundo usam. [...] Fizemos isso com uma boa intenção, para que as pessoas entendam melhor a importância da universidade com um perfil como o da Unicamp", diz o professor.

O estudo, realizado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), em parceria com os institutos de Economia e Química, utilizou dados do Sistema de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em meio à pandemia, número de 'empresas-filhas' da Unicamp aumenta 27% e faturamento total chega a R$ 8 bilhões

Efeitos em cadeia

O economista explica ainda que a análise da matriz insumo-produto, método utilizado na pesquisa, reconstrói a forma como os bens e serviços adquiridos pelos funcionários, alunos e "empresas-filhas" da instituição movimentam a cadeia produtiva e acionam outros setores econômicos, desde a produção do insumo ao transporte e comércio.

"O que ocorre na economia quando alguém, nesse caso a Unicamp, injeta, através dos seus servidores, um valor de ativos? Quem é que ganha com isso? Quem se beneficia disso? Quem é que vai ter que produzir mais para atender essa demanda? Esse aumento da produção vai criando os efeitos induzidos", afirma Laplane.

Estritamente no que diz respeito aos 9.247 servidores da universidade, o estudo indica que o consumo dos funcionários gerou outros 42.507 empregos em 2019; as compras e contratações de bens e serviços adicionaram 4.296 e os investimentos agregaram 341, totalizando 47.144 empregos adicionais criados fora da Unicamp.

Reflexos no PIB

Ainda de acordo com o levantamento, a renda e os empregos gerados pela Unicamp, pelos alunos e empresas que nasceram na universidade são equivalentes a 21% do PIB e 48% dos empregos formais de Campinas em 2019. Apenas a presença dos alunos nos campi da instituição, por exemplo, foi responsável pela geração de 21,3 mil empregos adicionais.

Os pesquisadores destacam ainda que, no período analisado, os 38 mil estudantes de graduação e de pós-graduação da universidade tiveram uma participação expressiva na movimentação econômica, acrescentando cerca de R$ 678 milhões à economia na região - um valor mensal médio dispendido, por aluno, de R$ 1,5 mil.

"Isso que nós calculamos pela Unicamp seguramente também pode ser comprovado por outras universidades brasileiras. Se uma universidade como a Unicamp tem esse impacto, imagina todas elas juntas? Talvez, no caso da Unicamp, seja relativamente fácil de ver porque ela fica numa região muito associada à inovação tecnológica, mas isso vale para qualquer universidade em qualquer ponto do Brasil", destaca o pesquisador.

Estudantes no campus da Unicamp, antes da pandemia

Antonio Scarpinetti/Unicamp

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Fonte: G1

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