No ano passado, R$ 26,7 bilhões em títulos públicos foram resgatados, valor 13,6% que em 2019, e retirada de papeis do mercado superou as emissões em R$ 2,09 bilhões. A venda de títulos públicos por meio do Tesouro Direto registrou uma queda de 20,3% no ano passado, para R$ 24,614 bilhões, informou nesta terça-feira (26) o governo federal.
Em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, os resgates de títulos somaram R$ 26,704 bilhões, com queda de 13,6% frente ao ano de 2019. Desse total, R$ 24,258 bilhões correspondem a resgates antecipados e, outros R$ 2,445 bilhões, ao vencimento do papel.
Com isso, os resgates superaram as emissões de títulos públicos em R$ 2,09 bilhões no ano de 2020.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 e permite a pessoas físicas a compra de títulos públicos pela internet, por meio de bancos e corretoras.
Investidores cadastrados
De acordo com o Tesouro Nacional, 3,574 milhões de novos investidores se cadastraram no programa em todo ano passado.
Com isso, o número total de pessoas cadastradas passou de 5,626 milhões, no fim de 2019, para 9,2 milhões no fechamento do ano passado - um aumento de 63,5%.
Volume total de aplicações
Mesmo com o resgate líquido de recursos do Tesouro Direto em 2020, o saldo total (estoque) de títulos em mercado avançou no período, alcançando R$ 62,7 bilhões no fim do ano passado, uma alta de 5,1% sobre dezembro de 2019 (R$ 59,645 bilhões).
"No ano de 2020, o total de operações foi de 4,57 milhões, uma média de 381.329 mil operações por mês, uma queda de 17,02% em comparação a 2019", informou o Tesouro.
Segundo a instituição, 67,23% de todas as operações de investimento no Programa envolveram valores de até R$ 1 mil no ano passado. "Esse resultado seguiu a tendência de aumento da participação de pequenos investidores", concluiu.
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