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Escolas particulares pedem volta das aulas presenciais em Minas Gerais em fevereiro

Por Redação em 14/01/2021 às 16:56:51
O manifesto também critica a reabertura de lojas, academias, clubes e restaurantes enquanto as escolas são mantidas fechadas. E diz que as escolas estão preparadas para um retorno seguro, seguindo protocolos. Professores fizeram ato por volta às aulas presenciais em BH em dezembro

Pauline Moysés/Arquivo pessoal

Escolas particulares de Minas Gerais lançaram um manifesto pedindo o retorno das aulas presenciais já a partir do próximo mês.

O manifesto pede que as prefeituras e o estado priorizem as escolas no processo de reabertura das atividades, já que crianças e adolescentes estão sem aulas presenciais há quase um ano.

"Os impactos, incalculáveis do ponto de vista pedagógico e emocional, atingem principalmente os estudantes mais pobres, sem acesso à internet e crianças da educação infantil, uma das etapas mais importantes para o desenvolvimento cognitivo e psicomotor do indivíduo", diz nota do Sindicato das Escolas Particulares de Minas (SinepMG).

O manifesto também critica a reabertura de lojas, academias, clubes e restaurantes enquanto as escolas são mantidas fechadas. E diz que as escolas estão preparadas para um retorno seguro, seguindo protocolos.

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Leia o manifesto na íntegra:

"Há quase um ano, estudantes estão proibidos de frequentar aulas presenciais no Brasil. Em nenhum outro país escolas ficaram fechadas por tanto tempo.

No início da pandemia de Covid-19, quando quase nada se sabia a respeito da doença, supunha-se que o vírus se transmitiria mais facilmente entre crianças e jovens. Por cautela, determinou-se que as escolas deveriam ser fechadas. Entretanto, estudos recentes demonstram que “Transmissão da Covid-19 em ambiente escolar é rara”.

Na Europa, Estados Unidos e Canadá, dentre outros, as escolas são mantidas abertas mesmo em situação de lockdown parcial (somente fecham durante curtos períodos de lockdown total).

Não é razoável que se autorize o funcionamento de lojas, shoppings, salões de beleza, hotéis, academias, clubes, praias, etc, e que escolas sejam mantidas fechadas.

Escolas não foram responsáveis pelo aumento do número de casos de Covid-19 e não se pode mais continuar a sufocá-las, enquanto crianças e adolescentes, a cada dia se fragilizam/adoecem psicologicamente.

É triste constatar que a escola não está sendo entendida como essencial e prioritária. Nestes meses de pandemia, as escolas têm sido simplesmente esquecidas pelas autoridades. O setor educacional privado não foi incluído em grupos e comitês que discutem medidas de enfrentamento à Covid-19. Nenhuma de nossas contribuições foi acolhida. Está na hora de darmos um basta a esta situação e retomarmos as rédeas de nossos destinos.

As escolas privadas estão preparadas para um retorno seguro, por meio de protocolos que enfatizam: a) o uso obrigatório de máscara; b) o distanciamento mínimo de 1,5m entre alunos, pessoal docente e técnico-administrativo; c) a constante e correta higiene das mãos; d) a ventilação natural dos ambientes escolares; e) a medição de temperatura na entrada; f) o rastreamento de casos e a imposição de quarentena para aqueles que testarem positivo ou que tiverem contato íntimo com infectados; g) a constante higienização dos locais de uso comum; h) a limitação do número de pessoas circulando no estabelecimento; i) a permanente avaliação e necessárias revisões dos planos e estratégias de contingência e j) o direito dos pais e responsáveis de optarem pelo retorno às atividades presenciais ou pela continuidade do ensino remoto para seus filhos.

Por estarem preparadas, as escolas particulares devem retomar as atividades presenciais, e devem fazer isso por si próprias. Não podem mais permanecer exclusivamente na dependência de autorizações de burocratas para exercer seu direito constitucional de prestar o serviço essencial de educar presencialmente.

O quadro é desolador. Por isso, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepMG), com apoio da Federação dos Estabelecimentos de Ensino de Minas Gerais - FENEN/MG, deliberou orientar às escolas privadas de sua base que, em conjunto com as famílias que desejarem, busquem retomar atividades presenciais, respeitando o direito daqueles que desejarem continuar com o ensino remoto, mediado por tecnologias de informação e comunicação.

Às famílias, transmitimos uma mensagem de tranquilidade: além de garantir o retorno com segurança, nos manteremos firmes e alinhados com as melhores práticas de combate à disseminação da Covid-19.

Aos professores e auxiliares, asseguramos que estaremos na linha de frente para exigir prioridade na vacinação dos trabalhadores em educação.

Portanto, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepMG) recomenda que os estabelecimentos de ensino se preparem para retomar atividades presenciais a partir de fevereiro, mediante oferta de serviços educacionais de forma híbrida, observando protocolos de biossegurança e impondo-se como atividade essencial e prioritária, como é de sua própria natureza."

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Fonte: G1

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