Lewandowski suspende operação da Lava Jato que investigava ex-secretário Julio Lopes no Rio

Ministro entendeu que juiz Marcelo Bretas desrespeitou entendimento da Segunda Turma do STF, que apontou competência da Justiça Eleitoral. Ex-secretário nega prática de crime. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu investigações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro que envolviam o ex-deputado e ex-secretário de Transportes do estado Júlio Lopes.

No último dia 7, Lopes foi alvo de mandados de busca e apreensão em desdobramento das operações Tolypeutes, Fatura Exposta e Ponto Final, em apuração sobre suposto esquema de pagamento de propina ao governo do estado por empresa responsável pela execução das obras da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro e também por empresários do ramo rodoviário e setor da saúde.

Ex-deputado pelo PP, Júlio Lopes, é alvo de busca e apreensão em ação da Lava Jato do Rio

Em nota emitida após as ações de busca e apreensão da Polícia Federal, a defesa do ex-secretário afirmou que ele "não praticou nenhum crime ao longo de sua gestão na Secretaria de Transportes e, não por outra razão, as afirmações caluniosas de delatores nunca foram levadas a sério".

Em decisão da última sexta-feira (18), Lewandowksi entendeu que o juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato no Rio, desrespeitou entendimento da Segunda Turma do STF ao autorizar buscas e quebras de sigilo no caso.

O colegiado determinou que as investigações sobre Lopes, que tiveram início a partir de delações de integrantes da empreiteira Odebrecht, eram de competência da Justiça Eleitoral.

Com a decisão de Lewandowski, as investigações ficam suspensas até que o STF julgue uma ação apresentada pela defesa de Lopes que questiona a atuação de Bretas no caso.

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