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Relator diz que 'esquerda radical' e 'setores ligados ao governo' não querem aprovar PEC da prisão em 2ª instância

Por Redação em 27/10/2020 às 12:55:26
Deputado Fábio Trad (PSD-MS) afirmou setores políticos tentam inviabilizar relatório perante opinião pública. Proposta aguarda votação em comissão especial antes de ir a plenário. O deputado Fábio Trad (PSD-MS), relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a execução da pena após condenação na segunda instância, disse nesta terça-feira (27) que a "esquerda radical" e "setores ligados ao governo'" trabalham para barrar o avanço da medida no Congresso.

O deputado discursou em uma videoconferência promovida pela Câmara para discutir os sistemas judiciais brasileiro e de outros países. Também participaram o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), autor da proposta, e o ex-juiz e ministro Sergio Moro.

De acordo com o Trad, setores políticos que não querem a aprovação da proposta criticam o fato de ele ter proposto, em seu parecer sobre a PEC, a aplicação das novas regras mesmo para crimes cometidos antes da mudança vigorar. O relator afirmou que esse argumento é uma tentativa de inviabilizar o seu relatório perante à opinião pública.

O texto prevê a validade da execução penal em segunda instância inclusive para crimes cometidos antes da promulgação da PEC, desde que o processo de investigação seja aberto depois de a proposta ter efeito.

"Estou diagnosticando, tanto do lado da esquerda radical, que não quer a aprovação da PEC, por conta de vários fatores que aqui não me compete detalhar, como também em relação a alguns setores ligados ao governo, que não querem a aprovação da PEC, estão se utilizando desse argumento da intertemporalidade para dizer que esse relatório é falho, é complacente com a criminalidade", disse o deputado.

Ele afirmou que manterá essa posição no relatório, apesar do apelo em sentido contrário de alguns parlamentares.

Tramitação

A PEC da segunda instância já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) em 2019.

Esta comissão faz um juízo técnico a fim de verificar se o texto está adequado à Constituição. Agora, a proposta aguarda deliberação de uma comissão especial da Casa, que discutirá o mérito da proposta. Como relator, Trad apresentará seu parecer, que será submetido à votação dos deputados.

Essa etapa só não foi concluída em razão da pandemia do novo coronavírus. Após a votação, a PEC seguirá ao plenário da Câmara.

Fonte: G1

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