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Presidentes de Câmara e Senado reagem a ataque de Salles ao colega Luiz Eduardo Ramos

Por Redação em 24/10/2020 às 13:50:26
Ministro do Meio Ambiente afirmou que Ramos atua como 'maria fofoca'. Rodrigo Maia diz que Salles 'resolveu destruir o próprio governo'. Para Alcolumbre, isso 'apequena o governo'. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reagiram neste sábado (24) ao ataque do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao colega Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso.

Por meio de uma rede social, Maia afirmou que, "não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil", Salles "agora resolveu destruir o próprio governo".

Davi Alcolumbre disse que a atitude de Salles "apequena" o governo. "Sem entrar no mérito da questão, faço duas ressalvas. 1 - Como chefe do Legislativo, registro a importância do ministro Ramos na relação institucional com o Congresso. 2 - Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil", escreveu na mesma rede social.

Na quinta-feira (22), Salles afirmou que Luiz Eduardo Ramos deveria parar de ter uma postura de "maria fofoca".

O ministro do Meio Ambiente se referiu a Ramos ao compartilhar uma nota do jornal "O Globo". O texto informava que Salles "estica a corda" com a ala militar do governo — da qual Ramos, general da reserva, faz parte — ao reclamar da falta de recursos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"Ministro Luiz Ramos, não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca", escreveu Salles em rede social.

A nota do jornal "O Globo" dizia que Salles resolveu "testar a blindagem" dada a ele por Bolsonaro ao reclamar do próprio governo publicamente.

Na quinta (22), o Ibama paralisou as atividades de brigadistas alegando falta de recursos. Na sexta-feira (23), o Ministério da Economia anunciou que remanejaria R$ 30 milhões para o Ibama e R$ 30 milhões para o IBMBio.

Além de Rodrigo Maia, o ministro Ramos recebeu o apoio do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), líder do Partido Progressista no Senado, e também presidente nacional do partido.

"O Progressistas manifesta total apoio ao trabalho do ministro-chefe da secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos. Sua atuação tem sido fundamental na construção e estabilidade de uma base sólida no Congresso Nacional", disse Ciro Nogueiro neste sábado em uma rede social.

Para o deputado Ricardo Barros (PP-PR), Ramos está "assegurando a governabilidade".

"Ministro Ramos competente na articulação política. Ainda ontem, em solenidade no Palácio do Planalto, tratamos do tema da articulação com o presidente Bolsonaro. Entrosado com os líderes do governo e dos partidos na Câmara e no Senado, Ramos está assegurando governabilidade", declarou Barros em uma rede social na sexta (23).

Manifestações pró-Salles

Ricardo Salles, por sua vez, foi apoiado por parlamentares que fazem parte da chamada "ala ideológica" que apoia o governo do presidente Jair Bolsonaro.

"Conheço o ministro Ricardo Salles e atesto sua integridade e lealdade ao presidente Jair Bolsonaro. Fofocas contra sua pessoa cairão no vazio. #SomoTodosSalles", afirmou a deputada Bia Kicis (PSL-DF) em rede social na sexta (23).

O ministro do Meio Ambiente também recebeu o apoio das deputadas Caroline de Toni (PSL-SC) e Carla Zambelli (PSL-SP).

"Sabemos e testemunhamos diariamente a sua postura sempre correta, ministro Ricardo Salles", escreveu Caroline de Toni. "Estou com você, ministro Ricardo Salles. Um saco essa coisa de Maria Fifi!", afirmou Zambelli.

Orçamento do Ibama

Ricardo Salles já havia reclamado da falta de dinheiro para o Ibama. Em 28 de agosto, o Ministério do Meio Ambiente anunciaou, por meio de nota, que suspenderia todas as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e às queimadas no Pantanal em razão de um bloqueio financeiro determinado pela Secretária de Orçamento Federal, do Ministério da Economia, em verbas do Ibama e do ICMBio.

Veja as recentes polêmicas sobre o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Fonte: G1

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