Calendario IPVA 2024

Celso de Mello retira do plenário julgamento sobre depoimento de Bolsonaro

Por Redação em 29/09/2020 às 22:14:49

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, relator do inquérito que investiga a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF), determinou nesta terça-feira, 29, a exclusão da pauta do pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o presidente não prestasse depoimento de forma presencial. Na última semana, o ministro Marco Aurélio havia votado favorável a Bolsonaro dar o depoimento de forma escrita. Ele foi relator do inquérito durante a ausência de Celso de Mello, que se afastou da Corte por licença médica. Ao assumir o cargo, Marco Aurélio afirmou que iria "congelar" o processo até que o STF decidisse o que o presidente deveria fazer. No entanto, dias depois determinou que a decisão seria julgada pelo plenário virtual do Supremo, previsto para 2 de outubro.

Leia também

Ministro Celso de Mello antecipa aposentadoria do STF

Marco Aurélio vota para que Bolsonaro preste depoimento por escrito

Na noite de hoje, Celso de Mello alegou que Marco Aurélio, na condição de substituto, "não poderia ter tomado essa decisão". "(…) eis que inexistente, na espécie, situação configuradora de urgência, cuja caracterização, caso ocorrente, permitir-lhe-ia invocar, de modo válido e legítimo, a cláusula inscrita no art. 38, I, do RISTF, que somente autoriza, e sempre em caráter excepcional, a atuação do substituto do Relator licenciado, "quando se tratar [unicamente] de deliberação sobre medida urgente", escreveu o decano. Além disso, Celso de Mello deu cinco dias para que Sergio Moro possa manifestar-se sobre o pedido feito por Bolsonaro. Após esse prazo, o ministroirá pedir a inclusão em pauta do recurso para julgamento no plenário por videoconferência, e não mais no plenário virtual

Bolsonaro deve depor no inquérito que apura as declarações de suposta interferência naPolícia Federalfeitas pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública,Sergio Moro, ao se demitir do cargo.Ainda no início de setembro, Celso de Mellodeterminou que o presidente deveria prestar depoimento presencialmente. O procurador-geral da República,Augusto Aras, havia solicitado o depoimento por escrito. Na ocasião, o ministro também havia permitido que a defesa de Moro pudesse acompanhar o depoimento e questionar o presidente. Após a decisão, aAdvocacia-Geral da União (AGU)recorreu. O esquema de julgamento no plenário virtual não permite debates ou leituras de votos, como costuma acontecer durante as sessões presenciais ou videoconferências dos ministros. Em maio, Moro afirmou em depoimento à Polícia Federal, em Curitiba, queBolsonaro pediu a troca da direção da Superintendência no Rio de Janeiro no mês de março. Ao afirmar que o Bolsonaro interferiu no comando da corporação, Moro mencionou areunião interministerial de 22 de abrilcomo uma das principais provas. Bolsonaro nega as acusações de seu ex-ministro.

Fonte: JP

Comunicar erro
Radio Jornal de Caceres
InfoJud 728x90
Combate a dengue 2023
Garotas de programa Goiania