G1
Ministro afirma que estados já relatam falta do soro, usado para neutralizar o veneno de cobra. Brasil tem 28 mil ataques de serpentes por ano. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (23) a abertura de um processo para apurar eventuais falhas na fabricação e distribuição de soro antiofídico. O soro é aplicado em casos de ataque de cobra venenosa. Segundo o ministro Vital do Rego, desde 2016 as secretarias estaduais de Saúde têm emitido alerta sobre a redução dos estoques de soro antiofídico. Os gestores locais identificam, nesses relatórios, o risco de escassez do material."Já se tem notícias de pessoas que foram a óbito em razão da ausência do soro", diz o ministro do TCU.Vital do Rêgo destacou que dados do Ministério da Saúde mostram que há, em média, 28 mil ataques de serpente por ano. Dessas vítimas, 100 morrem.De acordo com o voto lido nesta quarta, o Ministério da Saúde faz compras mensais de soro dos laboratórios responsáveis pela produção, e cabe ao governo federal repassar esse material aos estados. Desde 1986, toda a produção de antivenenos dos quatro laboratórios nacionais é adquirida pelo Ministério da Saúde. Caso recenteNo início do mês, o funcionário de uma fazenda em Mato Grosso morreu após ser atacado por uma jararaca. A cidade onde o homem foi picado não tinha o soro, e a vítima precisou ser transferida para Cuiabá para receber o medicamento. Na época, o Ministério da Saúde informou que, por causa da deficiência da produção dos soros, o órgão que é responsável pela distribuição do medicamento tem distribuído quantidades restritas do material. O repasse é feito de acordo com as ocorrências e o local de tratamento dos pacientes.