A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a analisar a denĂșncia da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 7 envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 2022.
O grupo faz parte de um dos nĂșcleos acusados pela Procuradoria-Geral da RepĂșblica de participação na tentativa de ruptura democrĂĄtica.
O colegiado conta com cinco ministros:
Alexandre de Moraes, relator do caso
Cristiano Zanin, presidente da Turma
Luiz Fux
FlĂĄvio Dino
CĂĄrmen LĂșcia
Atribuições da Primeira Turma
Em 2023, uma mudança nas regras internas da Corte restabeleceu a competĂȘncia das Turmas para analisar casos penais, ou seja, investigações e processos em que se apura se houve crime.
Assim, estes colegiados voltaram a ter a atribuição de analisar matérias deste tipo, desde que apresentados após a mudança na norma. Este é o caso da denĂșncia contra os envolvidos na tentativa de golpe, que chegou ao STF em fevereiro de 2025.
Com isso, se o relator faz parte de uma Turma, quando ele libera o tema para julgamento, remete ao colegiado ao qual faz parte.
Como o ministro Alexandre de Moraes compõe a Primeira Turma, a acusação fica sob a responsabilidade dela.
Ainda pelas regras da Corte, o relator pode decidir afetar o caso ao plenĂĄrio, mudando o local de julgamento. A maioria da Turma também pode decidir neste sentido, caso o relator submeta a questão à anĂĄlise colegiada, por exemplo.
DenĂșncia
Neste primeiro momento, o colegiado vai decidir se a denĂșncia serĂĄ recebida, ou seja, se hĂĄ elementos mĂnimos para iniciar uma ação penal. Se isso ocorrer, o grupo se transforma em réu e passa a responder a um processo. O julgamento que vai definir condenação ou absolvição só ocorre após a tramitação do procedimento.