Combate a dengue 2025

Pela primeira vez Trump sobe o tom com a Rússia

Por Redação em 08/03/2025 às 16:13:44

A posição nada ortodoxa adotada pela nova administração norte-americana em relação ao desfecho da guerra na Ucrânia, ocasionou inúmeras críticas da sociedade civil norte-americana, a imprensa do país e os principais aliados europeus. A quebra tão clara da conduta histórica adotada pelos Estados Unidos, fez com que questionamentos surgissem acerca das reais intenções de Donald Trump com tal aproximação aos russos.

A nova doutrina geopolítica defendida pelo republicano, parece ter como claro objetivo manter o continente americano sob a esfera de influência dos Estados Unidos, enquanto a Europa, poderia facilmente recair sob as vontades do Kremlin. Essa posição contraditória, teve sua maior exposição durante a discussão no Salão Oval, protagonizada pelo presidente norte-americano, seu vice-presidente e o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky.

As repercussões no continente europeu foram dramáticas, ocasionando uma série de reuniões emergenciais em Londres, Paris e Bruxelas, buscando reverter o atual cenário. Mesmo com a decisão de ingressar em uma jornada rumo ao rearmamento continental, o caminho instável e tortuoso até a sonhada paz, eleva as preocupações dos líderes europeus. As relações claramente abaladas entre os dois lados do Atlântico, fazem com que a cobrança sobre o futuro da Ucrânia recaia nos colos de novas lideranças com menos dinheiro em caixa, e mais preocupações sobre as possibilidades de uma guerra generalizada contra a Rússia.

Em meio às críticas e indefinições de um problema complexo, Donald Trump, anunciou a possibilidade de sancionar a Rússia e aplicar tarifas duras ao país enquanto a paz não for alcançada no Leste europeu. A mudança de tom repentina, fez com que mais uma vez, múltiplas teorias aparecessem sobre a real intenção de um movimento inesperado.

Indubitavelmente, Donald Trump é um exímio negociador, já que toda sua fortuna construída no mercado imobiliário e em diversos outros setores, foi baseada na sua capacidade de conseguir o melhor negócio para seu próprio benefício. Apesar de muitas de suas táticas de negociação serem questionáveis por seu compasso moral, seu objetivo de alcançar um acordo mais vantajoso é quase sempre bem-sucedido. Muitas pessoas, inclusive os maiores especialistas na forma como Trump governou e governa, acreditam que essa nova manobra, seja apenas uma etapa de sua complexa tática de negociação para ter o triunfo da resolução da guerra, e um grande lucro geoestratégico e financeiro para os Estados Unidos.

Provavelmente na próxima semana, o acordo de exploração minerais de terras-raras na Ucrânia seja assinado entre ucranianos e norte-americanos, dando acesso aos Estados unidos, a centenas de bilhões de dólares em recursos minerais que serão cada vez mais importantes na economia global.

Considerando, que a Rússia controla e controlará pelo menos 20% do próspero solo ucraniano, ameaçá-los com sanções pode significar um maior poder de barganha, quando no futuro, russos e norte-americanos de fato controlarem, a mais pobre nação do Leste europeu. Muitas incógnitas serão reveladas nos próximos dias, mas conhecendo a maneira como atua o magnata de Nova York, muitas de suas falas enfáticas, são apenas alguns movimentos previamente pensados no vasto tabuleiro de xadrez da geopolítica mundial.

Comunicar erro
Radio Jornal de Caceres
Balanco Hospitais Estaduais 2024
InfoJud 728x90
Garotas de programa GoianiaDeusas do luxo