Lula pediu inclusão de mais um ministério no corte de gastos, diz Haddad; discussões continuam

Por Redação em 11/11/2024 às 19:46:28
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a inclusão de mais um ministério, até agora ausente, nas medidas que o governo tenta fechar para cortar gastos e garantir as metas fiscais dos próximos anos.

Segundo Haddad, o debate já foi "concluído" com os ministérios que vinham se reunindo com a área econômica e com Lula na última semana – por exemplo, Saúde, Educação e Previdência Social.

Questionado, Haddad não quis dizer qual ministério foi alvo do pedido de Lula.

"As reuniões com ministros de Trabalho, Previdência, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, elas já se completaram. O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira [13]. Eu não vou adiantar [qual], porque não sei se vai haver tempo hábil de incorporar o pedido. Mas acredito que vai haver boa vontade", declarou.

Nesta terça, a área econômica deve se reunir com Lula para tratar da melhor forma de encaminhar os textos para o Congresso.

Na última semana, o ministro já tinha avaliado que o pacote exigiria uma proposta de emenda à Constituição (PEC), por exemplo. O governo ainda deve decidir se divide o pacote em vários textos, se concentra tudo em um projeto só e se tenta enviar parte por medida provisória, por exemplo.

Lula e Haddad também esperam apresentar o pacote aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de divulgar a íntegra da proposta. Até esta segunda, no entanto, o compromisso ainda não tinha sido marcado.

Perguntado novamente nesta segunda, Haddad não quis detalhar o pacote que está sendo costurado.

"É aquela diretriz que nós anunciamos desde o começo desse processo, de fortalecer o arcabouço fiscal. Trazer para dentro do arcabouço aquilo que eventualmente não estiver se comportando como esperamos, para consolidar essa transição de um regime de déficit elevado e baixo crescimento para um regime equilíbrio fiscal com crescimento sustentável", disse.


Fonte: G1

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