Em um momento crĂtico para a administração, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir um novo pacote de redução de despesas. A reunião, que se estendeu por cerca de duas horas, não resultou em declarações pĂșblicas, mas Haddad apresentou ao presidente propostas que poderão ser levadas ao Congresso, incluindo alterações no seguro-desemprego e no Fundeb. O governo estĂĄ elaborando um plano que pode variar entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Simone Tebet, ministra do Planejamento, enfatizou a importância de eliminar polĂticas pĂșblicas que não trazem resultados efetivos, com o objetivo de liberar recursos para investimentos, especialmente em ĂĄreas de infraestrutura.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, também ressaltou a necessidade de cortes seletivos, argumentando que isso é fundamental para mudar a percepção negativa em relação à economia. A agĂȘncia de classificação de risco Moody"s anunciou uma elevação na nota de crédito do Brasil, o que aproxima o paĂs do grau de investimento. Essa mudança é vista como uma oportunidade para atrair mais investimentos estrangeiros. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, defendeu a implementação de um "choque fiscal" como estratégia para a redução das taxas de juros.
O mercado financeiro estĂĄ atento às informações sobre o pacote de cortes, que é considerado essencial para restaurar a confiança na polĂtica fiscal e estabilizar a economia nacional. Na Ășltima sessão, a Bolsa de Valores registrou uma alta de 1,02%, enquanto a cotação do dólar permaneceu praticamente inalterada.
Fonte: JP