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SecretĂĄrio-geral da ONU diz que integridade territorial do LĂ­bano deve ser respeitada por Israel

Por Redação em 02/10/2024 às 13:14:15

O secretĂĄrio-geral da ONU, António Guterres, condenou nesta quarta-feira (2) de maneira inequĂ­voca o lançamento de mĂ­sseis balĂ­sticos pelo Irã contra Israel, ressaltando que essas ações "nada fazem para apoiar a causa do povo palestino ou aliviar seu sofrimento". As palavras de Guterres perante o Conselho de Segurança, reunido em carĂĄter de urgĂȘncia para discutir a situação no LĂ­bano, são as primeiras que pronuncia depois de Israel tĂȘ-lo declarado "persona non grata" horas antes e ter proibido sua entrada ao paĂ­s, alegando que não havia condenado inequivocamente o ataque iraniano no dia anterior.

Até agora, Guterres não disse nada de concreto sobre a decisão de Israel, nem é provĂĄvel que o faça. Guterres começou seu discurso perante o Conselho lamentando que "o terrĂ­vel incĂȘndio no Oriente Médio esteja se transformando em um inferno", recordando que hĂĄ uma semana jĂĄ havia alertado contra a escalada de violĂȘncia na região.

Nesse sentido, lembrou que os ataques da milĂ­cia terrorista libanesa Hezbollah e do Exército israelense violam vĂĄrias resoluções da ONU, e insistiu que a integridade territorial do LĂ­bano deve ser respeitada por Israel, enquanto o governo libanĂȘs "deve ter o controle total das armas no sul do paĂ­s", em referĂȘncia ao arsenal do Hezbollah.

O secretĂĄrio-geral enumerou os Ășltimos ataques e represĂĄlias que Israel, o Hezbollah e o Irã trocaram e comentou que "cada escalada serviu de pretexto para a seguinte". "Não podemos perder de vista o terrĂ­vel preço que este conflito estĂĄ causando aos civis, nem podemos olhar para o outro lado diante das violações sistemĂĄticas do direito humanitĂĄrio internacional", disse o secretĂĄrio-geral.

"Este ciclo mortal de violĂȘncia mĂștua deve acabar. O tempo estĂĄ se esgotando", advertiu. Não se espera que nenhuma nova resolução sobre o LĂ­bano seja aprovada nesta sessão do Conselho, uma vez que a resolução 1706 de 2006 – violada incontĂĄveis vezes – deveria ser suficiente, como lembrou ontem o atual presidente do Conselho de Segurança, o suĂ­ço Pascale Baeriswyl.

*Com informações da EFE
Publicado por Carolina Ferreira

Fonte: JP

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