Governo de MT- Prestacao de contas regionalizada

Primeira Turma do STF forma maioria para rejeitar recursos de plataformas contra bloqueios de investigados

Por Redação em 05/09/2024 às 20:18:00
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria de votos para rejeitar uma série de recursos de plataformas digitais contra decisões do ministro Alexandre de Moraes que determinaram o bloqueio de contas de investigados que fizeram postagens com teor golpista, desinformação ou ataques às instituições.

Os ministros analisam no plenĂĄrio virtual da Corte questionamentos feitos por X, Rumble, Discord. Os votos podem ser inseridos até sexta-feira (6)

A discussão central é se, nos casos investigados, o bloqueio pode ser feito da conta ou se a restrição deve ser aplicada a postagens especĂ­ficas.

As plataformas alegam que o bloqueio do perfil representa uma censura prévia, sendo que as ordens deveriam ser para a exclusão de conteĂșdo especĂ­fico.

Em seu voto, Moraes defendeu que um provedor não pode recorrer contra o bloqueio da conta de um usuĂĄrio por ordem judicial provocada a partir de uma investigação. Segundo o ministro, esse questionamento não é cabĂ­vel porque a plataforma não faz parte da investigação.

"Não cabe ao provedor da rede social pleitear direito alheio em nome próprio, ainda que seja o destinatĂĄrio da requisição dos bloqueios determinados por meio de decisão judicial para fins de investigação criminal, eis que não é parte no procedimento investigativo", escreveu o ministro.

Moraes ressaltou que "uma vez desvirtuado criminosamente o exercĂ­cio da liberdade de expressão, a Constituição Federal e a legislação autorizam medidas repressivas civis e penais, tanto de natureza cautelar quanto definitivas".

O relator também votou contra um pedido do X para revisar o valor de multas aplicadas pelo descumprimento de ordens de bloqueio, que em média passam de R$100 mil. Para Moraes, "não hĂĄ reparo a ser feito, diante da capacidade financeira da embargante [X] e da necessĂĄria e urgente finalidade coercitiva".

Entre os casos em anĂĄlise estão perfis como o do influencer Monark e do jornalista Paulo Figueiredo.

Fonte: G1

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