Governo de MT- Prestacao de contas regionalizada

FlĂĄvio Dino vĂȘ obstĂĄculos para o fim do orçamento secreto

Por Redação em 04/09/2024 às 14:11:23

O ministro FlĂĄvio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (4), que ainda vĂȘ obstĂĄculos ao integral cumprimento da decisão que declarou inconstitucional o orçamento secreto. Como exemplos de pontos que ainda não foram seguidos, ele citou a identificação dos autores das emendas de relator e de comissão. Os apontamentos foram feitos em decisão proferida nesta terça-feira, na qual Dino deu mais 72 horas para a Controladoria-Geral da União (CGU) apresentar os dez municĂ­pios que receberam o maior volume de emendas parlamentares por habitante no perĂ­odo entre 2020 e 2023.

Além de identificar esses municĂ­pios, a CGU deverĂĄ responder qual foi a tramitação dessas emendas nos executivos federal e municipal; em que estĂĄgio se encontram as obras ou ações para as quais os recursos das emendas foram destinados; e quais regras de rastreabilidade, comparabilidade e publicidade foram usados em cada um dos municĂ­pios beneficiados. O ministro determinou a realização do relatório no inĂ­cio de agosto, após audiĂȘncia de conciliação com CGU, Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) e Tribunal de Contas da União (TCU) para adoção de medidas que deem fim ao orçamento secreto.

Na ocasião, Dino fixou prazo de 30 dias para Executivo e Legislativo apresentarem informações sobre a destinação das emendas. Também determinou que os restos a pagar referentes às emendas RP9 (emendas de relator) e RP8 (emendas de comissão) só podem ser liberados mediante prévia e total transparĂȘncia e rastreabilidade. O adiamento do prazo atendeu a pedido do Executivo, que argumentou que a tarefa estĂĄ em fase de consolidação final de dados pela ĂĄrea técnica da CGU.

"Observo que a CGU tem se mostrado diligente, até o presente, no cumprimento das determinações deste Supremo Tribunal para a erradicação de prĂĄticas associadas ao designado orçamento secreto", afirmou. Na decisão, Dino reiterou que a continuidade da execução das emendas de relator e de comissão, inclusive os restos a pagar, "dependem do integral cumprimento da decisão de mérito na presente ação no que se refere à transparĂȘncia e à rastreabilidade dos recursos pĂșblicos".

*Com informações do Estadão ConteĂșdo
Publicado por Fernando Keller

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