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Biden diz que democracia corre "perigo" durante comemorações do "Dia D" na França

Por Redação em 06/06/2024 às 16:25:10

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (6) na França que a democracia estĂĄ "em perigo", durante a comemoração do 80Âș aniversĂĄrio do Desembarque na Normandia que ajudou a libertar a Europa da ocupação nazista. Tendo como pano de fundo a invasão russa da Ucrânia, Biden, o seu homólogo francĂȘs Emmanuel Macron, o rei britânico Charles III e o primeiro-ministro canadense Trudeau, prestaram homenagem aos milhares de soldados aliados que desembarcaram em 6 de junho de 1944 na Normandia, região do noroeste da França. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, também foi convidado para a cerimônia na praia de Omaha, em uma das quais ocorreu o desembarque. "Vivemos em uma época em que a democracia corre mais perigo no mundo do que em qualquer momento desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse Biden.

"Alianças reais nos tornam mais fortes, uma lição que rezo para que nós, americanos, nunca esqueçamos", acrescentou. Na cidade francesa de Ver-sur-Mer, Charles III lembrou "com o mais profundo sentimento de gratidão" os soldados aliados e os civis franceses que perderam a vida durante o Desembarque na Normandia, assim como a coragem da resistĂȘncia francesa. "As nações livres devem se unir para se oporem à tirania", disse ele. Trudeau declarou, por sua vez, que a democracia estĂĄ sendo "ameaçada por agressores que querem redesenhar as fronteiras". A grande ausĂȘncia na cerimônia é a da RĂșssia.

Apesar do elevado preço que a União Soviética pagou na vitória final (27 milhões de mortes civis e militares), o presidente Vladimir Putin não foi convidado, ao contrĂĄrio do que aconteceu hĂĄ 10 anos. Deste modo, as potĂȘncias ocidentais querem reafirmar seu apoio à Ucrânia. A França e a ex-repĂșblica soviética negociam o envio de instrutores militares franceses para a Ucrânia, e Zelensky deve expor as necessidades do seu paĂ­s a Biden e Macron durante a sua visita. "Os Aliados defenderam a liberdade da Europa naquela altura e os ucranianos o fazem agora. A unidade prevaleceu então e a verdadeira unidade pode prevalecer hoje", escreveu o presidente ucraniano na rede social X.

Macron, que alertou em abril que a Europa "pode morrer" com a ofensiva russa e não descartou o envio de tropas aliadas para a Ucrânia em janeiro, também aproveitou as cerimônias do Dia D para traçar um paralelo com o atual conflito. "Agradeço ao povo ucraniano pela sua coragem. Estamos aqui e não fraquejaremos", declarou o presidente francĂȘs, enquanto os convidados aplaudiam Zelensky de pé. Macron também convidou para as comemorações cerca de 200 veteranos de paĂ­ses aliados, os Ășltimos sobreviventes das dezenas de milhares de soldados que arriscaram as suas vidas nas praias arenosas e falésias da Normandia, sob intenso contra-fogo alemão.

A lĂ­der da extrema direita francesa, Marine Le Pen, acusou Macron de usar as comemorações do Dia D para "tentar obter vantagem polĂ­tica" no contexto das atuais eleições europeias, em que partidos deste espectro poderão registrar um forte crescimento, segundo pesquisas. Biden, que permanecerĂĄ na França até domingo, tem a mira apontada para a campanha das eleições presidenciais de novembro contra Donald Trump, nas quais o democrata busca um segundo mandato.

"O Mais Longo dos Dias"

Em uma operação preparada com mĂĄximo sigilo, os Aliados desembarcaram hĂĄ 80 anos em cinco praias da costa da Normandia: os americanos em Omaha e Utah, os britânicos em Gold e Sword, e os britânicos e canadenses em Juno. O desembarque, apoiado pelo lançamento de paraquedistas na França ocupada, foi a maior operação anfĂ­bia da história em termos de nĂșmero de navios e soldados mobilizados.

No final do que ficou conhecido como "O Mais Longo dos Dias", 156 mil soldados aliados e 20 mil veĂ­culos chegaram ao noroeste da França sob bombardeios e ataques aéreos alemães. Esta operação marcou o inĂ­cio do fim da ocupação nazista da Europa Ocidental, embora ainda houvesse meses de combates intensos e sangrentos antes da vitória final sobre o regime de Adolf Hitler em maio de 1945.


Fonte: JP

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