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Após críticas do Itamaraty e de Lula sobre eleições na Venezuela, embaixada procura Planalto

Por Redação em 29/03/2024 às 15:18:21
Corina Yoris durante coletiva de imprensa em Caracas, em 22 de mar

Corina Yoris durante coletiva de imprensa em Caracas, em 22 de mar

Embaixador venezuelano deve ser reunir nos próximos dias com o assessor especial da presidência da República Celso Amorim. Na quinta (28), Lula disse que situação no país é 'grave'. Lula diz que veto a candidatura de opositora na Venezuela é grave

O governo brasileiro terá, nos próximos dias, uma reunião com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, para tratar das eleições venezuelanas, marcadas para o dia 28 de julho.

A expectativa é de que o encontro, ainda sem data marcada, seja entre o embaixador e o assessor especial da presidência da República Celso Amorim.

A embaixada da Venezuela ligou para o Palácio do Planalto na quarta-feira (27) para expressar o desejo de reunião. O contato foi noticiado pela coluna de Lauro Jardim, no "Jornal O Globo", e confirmado pela TV Globo e GloboNews.

No mesmo dia, o governo brasileiro tinha emitido uma nota afirmando que acompanhava com "preocupação" a impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris, principal nome da oposição ao regime do presidente Nicolás Maduro. A situação também gerou reações de outras nações.

Já nesta quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado histórico de Maduro, classificou a situação no país como "grave".

"Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou usar o computador, o local, e não conseguiu entrar. Então foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata", disse.

Na avaliação de diplomatas do Itamaraty, o desejo da diplomacia venezuelana é "tentar acalmar as coisas". Especialmente após o governo do presidente Nicolás Maduro publicar, na terça-feira (26), uma nota reclamando do posicionamento brasileiro a respeito das eleições venezuelanas.

Os venezuelanos afirmaram que o posicionamento brasileiro era intervencionista, "nebuloso e parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

"É uma posição para acalmar os ânimos, já que a primeira tentativa, boba, de atacar o Itamaraty e poupar o presidente Lula, caiu por terra ontem", disse um diplomata à reportagem.

Eleições na Venezuela

As eleições venezuelanas estão marcadas por questionamentos e denúncias de perseguição contra opositores do atual regime. O presidente Nicolás Maduro, que está no poder há 11 anos, tenta mais um mandato.

Após o fim do prazo para inscrição de candidatos, a coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, afirmou não ter conseguido registrar o nome de Corina Yoris.

Ela já havia sido escolhida porque a candidata inicial, María Corina Machado, foi inabilitada pela Suprema Corte venezuelana, alinhada a Maduro.

Diante disso, a oposição deve apoiar o nome de Manuel Rosales, que conseguiu se inscrever de última hora no processo eleitoral.

Fonte: G1

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