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Patrimônio de Domingos Brazão aumentou 2.300% em oito anos

Por Redação em 29/03/2024 às 12:17:59
Segundo a PF, evolução patrimonial do suspeito de mandar matar Marielle coincide com o ingresso na polĂ­tica. Domingos Brazão, em foto de arquivo

TV Globo/Reprodução

O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão enriqueceu 2.300% entre 2002 e 2010, de cerca de R$ 209 mil para R$ 5 milhões. A conclusão consta no relatório final da PolĂ­cia Federal que aponta Brazão como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

De acordo com a corporação, a evolução patrimonial coincide com o seu ingresso na polĂ­tica, em 1996. Segundo a PF, dados apresentados pelo polĂ­tico à Justiça Eleitoral de 2006 a 2010 apontam o crescimento patrimonial de aproximadamente 300%. Ele saiu de R$ 1,2 milhão para R$ 5 milhões, em valores não corrigidos pela inflação. O relatório cita ainda uma matéria do Jornal O Globo que mostra evolução ainda maior se analisado o perĂ­odo de 2002 a 2010: 2.300%.

Em 2006, Brazão declarou ter crédito da compra de um apartamento, quatro frações de lotes em locais diversos e dois apartamentos, sendo o bem de mais alto valor declarado uma unidade de R$ 196 mil na avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca.

JĂĄ em 2010, ele lista cinco bens imóveis, trĂȘs terrenos, além de uma casa e um apartamento. O maior valor declarado é referente a um apartamento de R$ 2 milhões na Barra da Tijuca.

"Domingos Brazão e sua famĂ­lia são o exemplo dos muitos casos de sucesso no cotidiano brasileiro que misturam o ingresso na polĂ­tica com a ascensão patrimonial vertiginosa", avalia a PF.

O documento descreve de forma detalhada as empresas criadas e adquiridas pela famĂ­lia Brazão ao longo desses anos. A primeira empresa aberta por Domingos Brazão em 1985, antes do seu ingresso na polĂ­tica, chamava-se Robedom Comércio de Joias e Metais Preciosos LTDA e foi encerrada em 1999.

Concomitante à primeira, o hoje conselheiro do TCE-RJ abriu a Sangue Bom Autopeças LTDA, que em 1993 teve alteração em seu contrato social de "oficina, mecânica e lanternagem" para "comércio de veĂ­culos novos, usados e sinistrados". Ela foi encerrada em 2005, quando Brazão jĂĄ exercia mandato.

Cerca de um mĂȘs depois, em abril, segundo narra a PF, o Disque-DenĂșncia recebeu a informação de um desmanche de veĂ­culos roubados na sede da empresa. Em novembro do mesmo ano, houve nova denĂșncia.

Outra situação relatada pela PF diz respeito a quatro empresas do ramo alimentĂ­cio que tinham Sylvio Pinheiro como sócio. Embora declare residir em um condomĂ­nio de casas na Avenida Sernambetiba, ĂĄrea destinada a casas de alto padrão, Pinheiro recebeu auxĂ­lio emergencial o que, para a PF, "denota ser mero laranja".

Em 2007, Domingos Brazão foi autuado por sonegação fiscal pela Receita Federal. O auto de infração foi no valor de R$ 130 mil.

A defesa de Domingos Brazão nega participação no crime.

Fonte: G1

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