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Prefeitura de Ribeirão Preto decide não adotar cloroquina para tratar pacientes de Covid-19 no SUS

Por Redação em 23/07/2020 às 06:22:29

Em nota, Administração informou que decisão foi tomada com base em análise de estudos internacionais. Em maio, Ministério da Saúde liberou utilização até para casos leves. Cloroquina e Hidroxicloroquina não têm eficácia comprovada contra a Covid

Reprodução/TV Globo

A Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) informou nesta quarta-feira (22) que decidiu não utilizar, "neste momento", a cloroquina e a hidroxicloroquina na prevenção da Covid-19 em pacientes da rede pública. Segundo a Administração, a decisão foi tomada junto com o Comitê Técnico de Enfrentamento ao coronavírus.

Em nota, a Prefeitura informou que a análise foi feita com base em estudos internacionais, entre eles o da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que não aponta eficácia dos medicamentos no combate à doença.

Em uma transmissão pelo Facebook, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) disse que cobrou um posicionamento do governo de São Paulo sobre os protocolos a serem seguidos em eventual possibilidade da prescrição das substâncias na rede pública.

Há dois meses, o Ministério da Saúde liberou o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no Sistema Único de Saúde (SUS) até para casos leves de novo coronavírus. Antes disso, a recomendação previa o remédio para casos graves.

"O estado de São Paulo como um todo, os 645 municípios, precisa de alinhamento por parte dos comitês estadual e regionais sobre os protocolos de produtos medicinais como hidroxicloroquina, cloroquina, ivertmentica e azitromicina, e outros que são oferecidos pelos profissionais de saúde. Existem prefeituras adotando protocolos e outras não. A população acha que determinado prefeito deveria adotar. Precisamos o mais rápido possível do posicionamento do Conselho Estadual e do Ministério da Saúde para ter acesso às regras que norteiam o trabalho dos médicos", disse.

Tratamento em Sertãozinho

Na terça-feira (21), o prefeito de Sertãozinho (SP), Zezinho Gimenez (sem partido), anunciou que os pacientes com sintomas de Covid-19 poderão receber cloroquina e azitromicina, desde que os médicos prescrevam e eles autorizem a indicação.

A medida, no entanto, contraria o comitê municipal de enfrentamento à doença. Em uma carta enviada à Prefeitura na quarta-feira, quatro infectologistas pediram desligamento do grupo após o anúncio do prefeito.

Apesar do desligamento, Gimenez disse que vai manter o protocolo, seguindo orientações do Ministério da Saúde.

O que diz o governo de SP

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que as prefeituras têm autonomia para dispensação de seus estoques de medicamentos, desde que respeitem os protocolos e prezem sempre pela segurança do paciente.

De acordo com a pasta, o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina foi deliberado em reunião de Comissão Intergestores Bipartite do Estado de São Paulo (CIB-SP), em 2 de junho, entre a Secretaria de Estado da Saúde e gestores municipais de saúde.

"A deliberação não recomenda em casos leves e moderados de Covid-19 pela insuficiência de evidências científicas que comprovem a eficácia dos medicamentos nos tratamentos da doença. Também não é recomendado para que seja utilizado de forma rotineira em casos graves, exceto condicionado a estudos clínicos, seguindo critério médico e consentimento do paciente."

Ainda segundo a secretaria, também não há, até o momento, segurança sobre a eficácia da azitromicina da ivermectina no tratamento da Covid-19.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda o uso.

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Fonte: G1

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