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INVESTIGAÇÃO

Fux autoriza inquérito para investigar deputado que chamou Lula de "ladrão" e "corrupto"


Ministro atendeu pedido da PGR e da PF para apurar possíveis crimes de calúnia e difamação. Gilvan da Federal fez declarações em discurso durante ato do Movimento Pró-Armas. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (23) a abertura de inquérito para investigar o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pelos crimes de calúnia e difamação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF). O caso envolve discurso do deputado em 9 de julho de 2023, durante ato do Movimento Pró-Armas. O g1 entrou em contato com a assessoria do parlamentar e aguarda retorno.

Deputado Gilvan da Federal (PL-SE) é alvo do inquérito autorizado.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Na fala, Gilvan da Federal, que é agente da Polícia Federal licenciado, chamou Lula de ladrão e corrupto.

"Vivemos em tempos difíceis. Na Presidência da República está um ex-presidiário, ladrão, corrupto, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Eu repito: é ladrão! ladrão! E no Ministério da Justiça -- pra quem não sabe, eu sou Policial Federal há 20 anos, completo 20 anos agora em agosto -- e esse Ministro da Justiça não representa a Polícia Federal, não representa o povo brasileiro. Um Ministro da Justiça que vai numa comunidade dominada pelo Comando Vermelho, sem trocar tiro", afirmou.

Desafio ao ministro da Justiça

O parlamentar ainda desafiou o então ministro da Justiça, Flávio Dino, a tomar sua arma.

"Todo mundo sabe que numa comunidade dominada por uma facção criminosa como Comando Vermelho só sobe de duas formas: ou trocando tiro ou com autorização do Comando Vermelho. E eu digo, como o Sargento Fahur: "Flávio Dino, vem tomar minha arma se você é homem! Vem tomar minha arma!", discursou o deputado.

Na época, Dino pediu que a PF investigasse as declarações. O caso foi para enviado ao Supremo por causa do foro privilegiado do parlamentar.

O vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, afirmou que o STF tem entendimento consolidade de que a imunidade parlamentar "não poderá ser invocada quando ausente a correlação entre o conteúdo do ato praticado e a função exercida".

A PGR pediu ao STF para tomar o depoimento do deputado.

G1

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