União Europeia discute socorro pós-pandemia da Covid-19

Por Redação em 20/07/2020 às 09:01:23

A União Europeia enfrenta um impasse na tentativa de definir o plano de socorro econômico para os países mais afetados pelo coronavírus.Os líderes do bloco estão reunidos em Bruxelas, na Bélgica, desde sexta-feira (17), no que já se tornou na cúpula mais longa do bloco em 20 anos.As reuniões foram suspensas com o dia claro nesta segunda-feira (20), por volta das seis da manhã no horário local — uma da manhã em Brasília.

Mesmo depois de varar a noite nas negociações, ainda não há indicativo claro de que o grupo de 27 países irá encontrar um consenso.A principal disputa no momento é sobre como dividir os cerca de 750 bilhões de euros propostos para o plano emergencial.França e Alemanha pressionam para um formato que simplesmente repasse verbas para os mais atingidos pelo coronavírus.Itália e Espanha, que vinham se recuperando lentamente da crise de 2008, apoiam o projeto e precisam do socorro imediatamente.

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Mas um segundo grupo, liderado pela Holanda e com a participação de países como Dinamarca, Áustria e Suécia está bloqueando a iniciativa.Eles querem reduzir os valores de repasse no plano de socorro e preferem o modelo de empréstimos aos países mais necessitados.Outros pontos também estão no meio do caminho — Hungria e Polônia, por exemplo, criticam cláusulas políticas que estão sendo debatidas.

O encontro em Bruxelas, que é o primeiro presencial entre líderes europeus, vai continuar na tarde de hoje.A União Europeia tem sido fortemente criticada por seus próprios integrantes pela falta de ações coordenadas durante a pandemia.Na prática, cada um dos 27 integrantes adotou medidas individuais nos últimos meses, incluindo o impensável fechamento de fronteiras.

Por isso, há forte pressão para que este plano de socorro financeiro seja robusto e não repita os mesmos erros cometidos na crise passada.Itália, Espanha e Grécia, por exemplo, não aceitam ouvir falar em empréstimos que venham atrelados a planos de austeridade.A questão é que estes mesmos países já estão altamente endividados, e muitos sócios não parecem dispostos a pagar a conta outra vez.A unidade europeia está em xeque de novo e o encontro em Bruxelas pode ser crucial para o futuro do bloco como conhecemos hoje.

Fonte: JP

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