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Após operação da PF, Valdemar e Pacheco trocam farpas nas redes

Presidente do PL afirmou que entrada de agentes no Congresso para fazer buscas em gabinete de aliado é 'falta de autoridade' de Pacheco.

Por Redação em 25/01/2024 às 21:35:13
Foto: Reprodução internet

Foto: Reprodução internet

Presidente do PL afirmou que entrada de agentes no Congresso para fazer buscas em gabinete de aliado é 'falta de autoridade' de Pacheco. Presidente do Congresso, sem citar nomes, disse que é difícil dialogar com quem só busca ampliar acesso ao fundo eleitoral. O presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, trocaram farpas nas redes sociais nesta quinta-feira (25) após a operação da Polícia Federal sobre espionagem irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A operação mirou um esquema, vigente durante o governo Jair Bolsonaro, de monitoramento de autoridades e desafetos do ex-presidente.

O ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi alvo de buscas da PF. Os agentes estiveram no gabinete dele. Valdemar reclamou da ação da polícia e disse que agentes entrarem em um gabinete de um parlamentar mostra "falta de autoridade" de Pacheco.

"Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências", afirmou. Ramagem, amigo da família Bolsonaro, é pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro.

Sem citar o nome de Valdemar, Pacheco reagiu às críticas. O presidente afirmou que é difícil dialogar com quem está na política para "ampliar" acesso ao fundo eleitoral.

"É difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral. E que defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema", respondeu Pacheco .

Valdemar também disse que a operação é uma "perseguição por causa do Bolsonaro".

O ministro Flávio Dino, que comanda o Ministério da Justiça, pasta a que a PF está subordinada, rebateu Valdemar.

"Ninguém, absolutamente ninguém, qualquer que seja a instituição, tem apoio normativo juridico para escolher arbitrariamente quem vai ser investigado, vai ser perquirido, vai ser analisado, vai ter a sua privacidade invadida", afirmou Dino.

MENUPOLÍTICA

BUSCAR

Ramagem diz que nunca teve acesso às senhas de sistema de monitoramento

Sobre o celular e o computador da Abin encontrados em gabinete, o deputado afirmou, em entrevista à GloboNews, serem 'aparelhos antigos, sem utilização '.

Por g1 e GloboNews — Brasília

25/01/2024 17h29 Atualizado há 8 minutos

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alvo de buscas, nesta quinta-feira (25), disse que nunca teve acesso às senhas de sistemas de monitoramento para espionar autoridades públicas e cidadãos comuns. A declaração foi dada durante entrevista à GloboNews nesta tarde.

"Nós da direção da Polícia Federal, policiais federais que estavam comigo, nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas", pontuou Ramagem, que também foi delegado da PF.

A operação "Vigilância Aproximada" investiga o uso ilegal da ferramenta de espionagem First Mile pela Abin. A suspeita é que, durante o governo Bolsonaro, a agência — que era chefiada por Ramagem, um amigo próximo da família Bolsonaro – tenha usado o software israelense para monitorar, ilegalmente, opositores.

Alvo da PF, Ramagem é suspeito de ter usado a Abin para espionar ilegalmente autoridades

"Quando nós fomos ouvir o diretor responsável pelas senhas e pela gestão para demonstrar como funciona ou para melhor funcionar (...) não estava tendo isso. Quando se negaram a me informar como eles estavam trabalhando com a ferramenta, eu exonerei esse diretor, que era o chefe dessa ferramenta, e encaminhei todo o procedimento para a corregedoria", mencionou o deputado.

Sobre o celular e computador encontrados no gabinete dele e que pertenciam à Abin, Ramagem afirmou que se tratam de "equipamentos antigos, sem utilização".

"Poderia devolver, mas estava ali, não sabia, pensei que fosse da Polícia Federal antiga, que eu tenho direito à custódia. Eu tinha direito à custódia, à cautela. São computador antigo e telefone antigo, sem nenhuma utilização (...), sem entrar em qualquer tecnologia da Abin, sem ter contato com sistemas da Abin", disse.

Questionado se, mesmo fora da agência, ele continuava recebendo informações privilegiadas, Ramagem afirmou: "Logicamente eu fiz amigos lá, tenho contato, mas não informação de investigações e nada que revele isso".

Operação

A operação "Vigilância Aproximada" foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nesta quinta, policiais percorram endereços suspeitos em Brasília, Juiz de Fora, São João Del Rei e Rio de Janeiro.

Na decisão que autorizou a operação, Moraes, diz que Ramagem usou a Abin para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda segundo Moraes, entre as autoridades espionadas estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.

A Abin informou que tem 10 meses que a atual gestão vem contribuindo com os inquéritos da PF e STF e que é a "maior interessada em esclarecer eventuais ilícitos", por isso "vai continuar colaborando com as investigações".

Fonte: G1

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