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Vaticano rebate crĂ­tica sobre bĂȘnçãos a casais homoafetivos e explica que doutrina não mudou

Por Redação em 05/01/2024 às 12:22:35

O Vaticano respondeu na quinta-feira, 5, as crĂ­ticas conservadoras dentro da Igreja Católica em relação às bĂȘnçãos a casais gays, autorizada pelo papa Francisco no final de 2023. Segundo eles, a permissão não indicia que a doutrina não mudou. Desde que o pontĂ­fice aprovou a benção, setores mais conservadores se manifestaram, chegando a falar em heresia e blasfĂȘmia. No entanto, o Vaticano saiu em defesa da decisão, esclarecendo que se trata de bĂȘnçãos pastorais, diferentes das bĂȘnçãos litĂșrgicas do matrimônio. A ConferĂȘncia Episcopal de Moçambique anunciou que não seguirĂĄ a recomendação, alegando que as bĂȘnçãos causam questionamentos e perturbações nas comunidades cristãs. A mesma decisão foi tomada em MalauĂ­ e Zâmbia, paĂ­ses onde a relação homossexual é criminalizada. Além disso, bispos de Angola, QuĂȘnia, Nigéria, São Tomé e PrĂ­ncipe, Uganda e ZimbĂĄbue também se posicionaram contra a bĂȘnção a casais do mesmo sexo.

Diante das reações e dĂșvidas, o cardeal argentino VĂ­ctor Manuel FernĂĄndez, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, emitiu um comunicado para esclarecer a diferença entre as bĂȘnçãos litĂșrgicas e as bĂȘnçãos pastorais. Ele ressaltou que as bĂȘnçãos pastorais são breves e não aprovam nem justificam a situação em que essas pessoas se encontram. Assim, a doutrina da Igreja em relação ao matrimônio e à sexualidade não sofreu alterações. O Vaticano reconheceu a necessidade de um tempo maior de reflexão pastoral diante da forma como a declaração foi recebida nas dioceses. O comunicado também destacou que a aplicação das bĂȘnçãos pode demandar mais ou menos tempo, dependendo dos contextos locais e do discernimento de cada bispo. Em alguns lugares, a aplicação pode ser imediata, enquanto em outros é necessĂĄrio tomar todo o tempo necessĂĄrio para a leitura e interpretação. A Igreja Católica segue condenando as relações homossexuais, que classifica como pecado. Desde sua eleição em 2013, o papa Francisco tem insistido na importância de abrir a Igreja, em particular aos fiéis LGBT+, mas seus esforços encontram forte resistĂȘncia.

Fonte: JP

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