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Hamas x Israel: veja quem são os principais diplomatas do Brasil nas negociações sobre o conflito

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Por Redação em 25/10/2023 às 01:34:46
Representantes têm priorizado a repatriação de brasileiros e a aprovação de resolução no Conselho de Segurança da ONU que trate da formação de um corredor humanitário. Família está sem notícias do paradeiro de Michel Nisembaum, brasileiro desaparecido em Israel

Desde o início deste mês, quando começou o conflito entre Israel e o Hamas, o governo do presidente Lula adotou duas linhas de atuação na diplomacia: a repatriação de brasileiros no Oriente Médio e a articulação de alguma medida no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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No caso da repatriação, foram envolvidos diplomatas em Brasília, Tel Aviv (Israel), Cairo (Egito) e Ramalah (Palestina), por exemplo.

Segundo o governo brasileiro, foram realizados oito voos de repatriação de brasileiros que estavam em Israel. No total, foram repatriados 1,4 mil brasileiros.

O governo também tenta resgatar um grupo de cerca de 30 brasileiros na Faixa de Gaza, o que ainda depende da abertura da fronteira com o Egito. Um avião da Força Aérea Brasileira está no Cairo reservado para a missão.

Já no caso do conselho da ONU, diplomatas em Brasília e Nova York (EUA) articulam a aprovação de alguma medida que favoreça a um cessar-fogo na região e, principalmente, leve à abertura de um corredor humanitário, para o envio de suprimentos e resgate de brasileiros.

O Brasil comanda o Conselho de Segurança da ONU de forma temporária durante o mês de outubro. O país ocupa atualmente um dos chamados assentos não-permanentes do conselho.

A eventual aprovação de alguma medida no colegiado depende não só da maioria de votos entre os 15 membros, mas, também, do apoio dos cinco países com assento permanente – que têm direito a veto.

Mas quem são os diplomatas que atuam nessas frentes? O g1 lista abaixo os principais nomes:

Mauro Vieira

Celso Amorim

Sérgio Danese

Frederico Meyer

Alessandro Candeas

Paulino Neto

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira

Pedro França/Agência Senado

Mauro Vieira

Atual chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira comanda o Ministério das Relações Exteriores desde o início do ano, quando Lula tomou posse como presidente. Diplomata de carreira, também comandou o Itamaraty no governo Dilma Rousseff e trabalhou em embaixadas brasileiras em locais como Croácia, México, Uruguai e França.

Mauro Vieira tem dedicado a agenda deste mês de outubro a reuniões em Brasília, Nova York e até no Cairo, onde participou de uma cúpula convocada pelo governo local para discutir o conflito em Israel. Vieira também tem mantido contato com autoridades do próprio Egito e de países como França, Reino Unido.

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Ex-chanceler Celso Amorim é assessor especial da Presidência

AGÊNCIA BRASIL

Celso Amorim

Também diplomata de carreira, Celso Amorim foi ministro das Relações Exteriores nos dois primeiros mandatos de Lula (2003-2010) e exerce atualmente a função de assessor especial de Lula para assuntos internacionais.

Desde o início do conflito em Israel, Amorim tem tido frequentes conversas com Lula e com representantes de outros governos, entre os quais assessores dos presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Rússia, Vladimir Putin. Geralmente, esses contatos antecedem conversas de Lula com os chefes de Estado.

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Sérgio Danese, embaixador do Brasil na ONU

Geraldo Magela/Agência Senado

Sérgio Danese

Atual embaixador do Brasil nas Nações Unidas, Sérgio Danese é diplomata de carreira e já exerceu a função de secretário-geral do Itamaraty. Também atuou como embaixador brasileiro na Argentina, no Peru e na África do Sul.

Como o Brasil comanda atualmente o conselho da ONU, cabe a Danese, por exemplo, articular a votação de resoluções, fazer consultas aos demais países do grupo e informar a Mauro Vieira o andamento dos trabalhos.

A resolução apresentada pelo Brasil sobre o Oriente Médio previa, entre outros pontos, a criação de corredores humanitário. O texto obteve os votos favoráveis de 12 dos 15 integrantes do conselho, mas não foi aprovado porque os Estados Unidos vetaram. A tentativa brasileira foi elogiada por outros países.

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Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel

Geraldo Magela/Agência Senado

Frederico Meyer

Embaixador brasileiro em Israel indicado pelo governo Lula, Frederico Meyer é diplomata de carreira e já atuou em representações do país em Cuba e na China, por exemplo.

Coube a Meyer, por exemplo, articular em nome do governo brasileiro junto a autoridades israelenses a repatriação dos mais de 1,4 mil cidadãos que estavam no país e manifestaram interesse em retornar ao Brasil. A operação, que além do Itamaraty também reuniu a própria Presidência da República e a Força Aérea Brasileira (FAB), é considerada pelo governo a maior desse tipo na história do Brasil.

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Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Alessandro Candeas

Embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas é diplomata de carreira e atuou, por exemplo, como assessor internacional do Ministério da Educação, foi professor no Instituto Rio Branco e escreveu um livro sobre as relações entre Brasil e Argentina.

Candeas tem sido o responsável por monitorar o grupo de brasileiros que está em Gaza e pediu ajuda do governo para retornar ao país.

A situação é diferente da de Israel. Isso porque esse grupo – formado por cerca de 30 pessoas – depende da abertura da fronteira com o Egito para poder embarcar num voo em direção ao Brasil.

A representação brasileira na Palestina tem fornecido água, comida e abrigo a essas pessoas, enquanto a fronteira não é aberta.

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Paulino Neto, embaixador do Brasil no Cairo

Pedro França/Agência Senado

Paulino Neto

Diplomata de carreira, Paulino Neto é o atual embaixador do Brasil no Egito. Já atuou como secretário de Assuntos Multilaterais e Políticos e de Comunicação e Cultura do Itamaraty, além de ter sido embaixador em Angola.

Tem sido o responsável por manter contatos em nome do governo brasileiro com autoridades egípcias. O país faz fronteira com Gaza e Israel e é visto como a possibilidade de abertura de um corredor humanitário para que os civis possam deixar a zona de conflito. Até a publicação deste texto, não havia previsão de abertura da fronteira. Um avião da Força Aérea aguarda no Cairo a abertura para repatriar os brasileiros.

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Fonte: G1

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