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Dino falta a audiência em comissão da Câmara, e parlamentares apontam crime de responsabilidade

Ministro da Justiça foi convocado a participar do colegiado, ou seja, presença é obrigatória.

Por Redação em 10/10/2023 às 10:14:07
Foto: Reprodução internet

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Ministro da Justiça foi convocado a participar do colegiado, ou seja, presença é obrigatória. Dino alegou que não compareceu devido a uma operação policial que exigiu 'providências administrativas inadiáveis'. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não compareceu a uma audiência agendada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara nesta terça-feira (10). Dino é alvo de 19 requerimentos de convocação — quando a presença é obrigatória — no colegiado.

A ausência — sem justificação adequada — pode ser considerada crime de responsabilidade. Membros do colegiado, dominado pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusam o ministro de ter cometido crime (veja mais abaixo).

O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), afirmou que recebeu na manhã desta terça-feira (10) um ofício de Flávio Dino justificando a ausência.

No documento, o ministro disse que foi realizada uma "grande operação" nesta terça-feira e que não poderia comparecer à comissão por conta de "providências administrativas inadiáveis".

Dino também sugeriu que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), organize uma comissão geral no plenário para que ele responda a todos os questionamentos.

Ao longo deste ano, Dino já compareceu algumas vezes ao Congresso Nacional para prestar depoimentos a deputados e senadores.

Presença obrigatória

O comparecimento obrigatório de um ministro, por meio de convocação, está previsto na Constituição. Segundo o texto, Câmara, Senado e as comissões das duas Casas podem convocar ministros.

O regimento interno da Câmara prevê que cabe à instância responsável pela convocação — neste caso, a Comissão de Segurança Pública — avaliar e aceitar a eventual justificativa apresentada para uma ausência.

Caso a justificativa seja rejeitada, o colegiado pode solicitar ao presidente da Câmara a instauração de processo de impeachment.

Comissão de Segurança Pública

'É um quadro muito desafiador', diz Flávio Dino sobre violência na Bahia

A convocação de Dino era vista por membros da comissão como uma maneira de aproveitar o que eles avaliam como um "desgaste" em torno do Planalto no tema da segurança pública.

A oposição tem inflamado os discursos contra o governo Lula e o PT sob o argumento de uma suposta blindagem ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) — o que Flávio Dino nega.

Em discursos nas Casas e nas redes sociais, os parlamentares afirmam que não há críticas por parte da cúpula petista e federal sobre a condução da segurança pública no estado.

Comandada pelo PT há 16 anos, a Bahia registrou, em 2022, o maior número de mortes violentas intencionais no Brasil. No total, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram 6.659 vítimas.

Nos últimos meses, o estado tem enfrentado uma onda crescente de violência, que levou o governo federal a liberar recursos emergenciais para a segurança pública. Levantamento do g1 aponta que, em setembro, mais de 40 pessoas morreram em confronto com as forças de segurança.

Onda de violência marca mês de setembro na Bahia

Fonte: G1

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