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Eliziane e aliados de Lula defendem votação de pedidos relacionados a encontro, que, segundo Cid, teria ocorrido após 2º turno das eleições. Relatório final deve ser lido em 17 de outubro. Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), deputado Arthur Maia (União-BA) e senador Magno Malta (PL-ES), Sessão da CPI mista dos Atos GolpistasPedro França/Agência SenadoParlamentares da base de apoio ao governo Lula na CPI dos Atos Golpistas devem se reunir na noite desta segunda-feira (25) com a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), para discutir os próximos requerimentos a serem votados pelo colegiado.A comissão, criada para investigar os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, está entrando na reta final. No dia 17 de outubro, Eliziane deve ler o relatório final sobre os trabalhos da CPI.Segundo integrantes da base governista, entre os quais Rogério Corrêa (PT-MG), a expectativa é pautar na reunião da CPI desta terça-feira (26) requerimentos relacionados a uma reunião em 2022 em que o então presidente Jair Bolsonaro teria discutido a possibilidade de um golpe com comandantes das Forças Armadas.O suposto encontro foi relatado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em delação premiada. Tenente Coronel Cid, diz em delação que Bolsonaro discutiu possibilidade de golpe com comandantes militaresConvocação de ex-comandante da MarinhaUma parte da reunião desta terça-feira será destinada à tomada de depoimento do general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional no governo Bolsonaro.Na outra etapa da reunião, os parlamentares vão votar requerimentos. Segundo o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), devem ser votados seis pedidos – quatro da base e dois da oposição. Há uma expectativa entre parlamentares que os requerimentos da relatora entrem junto com os da base, o que ainda não foi confirmado oficialmente.Ainda segundo Maia, a votação deverá ser simbólica e em bloco. Isto é, não haverá contagem de votos e será feita uma única votação para todos os requerimentos – ou seja, o plenário aprovará todos ou rejeitará todos.Entre os requerimentos que Eliziane e integrantes da base devem definir nesta segunda se colocam em votação, estão:convocação do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;convocação de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro;nova convocação do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022;envio, pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.Prorrogação da CPIÀ GloboNews, o deputado Rafael Britto (MDB-AL) defendeu nesta segunda-feira (25) que a CPI seja prorrogada em razão do conteúdo da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.Para Britto, a CPI investiga tentativa de golpe e não dano ao patrimônio público. Por isso, argumenta, os trabalhos devem ser prorrogados."Eu acho que a CPI tem que ser prorrogada", disse. "Tem coisa muito séria em relação a uma tentativa de golpe de Estado", acrescentou.Segundo Rogério Corrêa, o tema deve ser discutido na reunião desta segunda. Maso deputado disse acreditar que a CPI não será prorrogada, somente que será possível adiar a leitura do relatório final.Essa leitura está marcada para 17 de outubro, e a relatora, Eliziane Gama, por enquanto, mantém essa previsão.Questionado sobre o tema, o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) disse que a CPI não precisa ser prorrogada. "Em princípio, não vejo necessidade de prorrogar", declarou."É possível prorrogar, mas ninguém quer. Nem governo, nem oposição", declarou um outro parlamentar, na condição de anonimato.