G1
Max Guilherme foi preso no âmbito das investigações da falsificação de dados de vacinação contra a Covid nos sistemas do Ministério da Saúde do ex-presidente e de familiares de Mauro Cid. O policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai deixar a cadeia nesta quinta-feira (7), segundo informou ao blog o advogado Admar Gonzaga, que defende Max.Segundo Gonzaga, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu a soltura numa decisão na quarta-feira (6), e Max vai para casa usando tornozeleira eletrônica.Max está preso no âmbito das investigações de um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.Entre os suspeitos está o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.Bolsonaro é alvo da Polícia Federal: entenda a suspeita de fraude em cartões de vacinaçãoOperação investigou inserção de dados falsos no Ministério da SaúdeUma operação realizada em 3 de maio prendeu o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid e outros cinco suspeitos, incluindo Max Guilherme.A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das "milícias digitais" que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, o ministro considerou "plausível" a linha de investigação da Polícia Federal de que grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConectSUS para obter vantagens ilícitas.A fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os EUA (no penúltimo dia de mandato). Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema em 27 do mesmo mês, segundo relatório da Polícia Federal (leia mais aqui).A investigação apontou que teriam sido forjados os certificados de vacinação:do ex-presidente Jair Bolsonaro;da filha de Bolsonaro, hoje com 12 anos;do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.