G1
Lula deve confirmar André Fufuca (PP-MA) nos Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) nos Portos e Aeroportos, pasta que hoje está com o ministro Márcio França (PSB). A minirreforma ministerial, que está sendo desenhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser anunciada até a quarta-feira (6), depois de várias semanas de negociações e idas e vindas. Para concluir o tema de uma vez por todas, Lula ainda quer conversar com o vice-presidente Geraldo Alckmin. A ideia é discutir o que acontecerá com o PSB, partido de Alckmin, na reforma.Lula busca fazer trocas na equipe para comportar o PP e o Republicanos no governo. Os dois partidos do Centrão seriam contemplados cada um com um ministério.Está praticamente fechado que:O deputado André Fufuca (PP-MA) vai para o Ministério dos EsportesO deputado Silvio Costa (Republicanos-PE) vai para o Ministério de Portos e Aeroportos Com isso, o atual ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), precisará ser reacomodado em outra pasta. Uma alternativa é a Ciência e Tecnologia, da ministra Luciana Santos. Outra opção é França ocupar o lugar de Alckmin à frente do Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Lula deve discutir o tema com Alckmin na noite desta segunda (4). Ministério dos EsportesNo início das negociações sobre a minirreforma ministerial, Lula chegou a dizer que a atual ministra dos Esportes, Ana Moser, não deixaria o cargo. Com o tempo, a possibilidade foi ganhando força.Lula deve conversar com a ex-jogadora da seleção de vôlei nesta terça (5). O PP, de Fufuca, aceitou a pasta dos Esportes diante da chance de o ministério ser o responsável pela aplicação de políticas de regulação das apostas esportivas, um mercado em ascensão. O Congresso deve aprovar a regulamentação das apostas nos próximos dias. Com isso, não deve haver mudança no Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente ocupado pelo ministro Wellington Dias, do PT. O ministério é responsável pelo programa Bolsa Família, do qual o PT não quer abrir mão. Há algumas semanas, o PP tinha demonstrado interesse na pasta, e o governo Lula chegou a cogitar dividir o ministério em duas áreas: a de assistência social e a de combate à pobreza, preservando com o PT o Bolsa Família.