A junta militar que deu um golpe de Estado no NĂger no dia 26 de julho realizou nesta sexta-feira,11, um primeiro conselho de ministros no qual participaram os membros do governo de transição nomeados pelos golpistas nesta semana. Segundo informou a agĂȘncia de notĂcias nigerina "ANP", a reunião foi presidida pelo lĂder golpista, o general de brigada Abdourahamane Tiani, na presença de outros membros da junta, que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da PĂĄtria (CNSP). No encontro estiveram presentes membros do governo de transição nomeado por Tiani esta semana, o grupo estĂĄ chefiado pelo primeiro-ministro Mahamane Lamine Zeine. O novo ministro das Relações Exteriores, Bakary Yaou Sangaré, estava ausente, pois "se encontra fora do paĂs".
O novo governo de transição, composto por 21 ministros, entre os quais hĂĄ seis militares, foi nomeado na Ășltima quinta-feira, 10, por meio de um decreto assinado por Tiani. No mesmo dia aconteceu em Abuja, capital da Nigéria, uma segunda reunião extraordinĂĄria dos dirigentes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), na qual foi ordenada a mobilização da "força de reserva" do bloco para uma eventual intervenção destinada a "restabelecer a ordem constitucional", embora tenham assegurado que vão continuar apostando no diĂĄlogo. Em uma cĂșpula extraordinĂĄria anterior, realizada em 30 de julho, os lĂderes da Cedeao deram aos golpistas um ultimato de sete dias para se retirarem, sem descartar o uso da força caso não restabelecessem o presidente deposto, Mohamed Bazoum. No entanto, a junta militar nigerina ignorou as ameaças e, além de nomear um novo primeiro-ministro, formar um governo de transição, reforçar seu dispositivo militar e fechar o espaço aéreo, alertou que o uso da força terĂĄ uma resposta "instantânea" e "enérgica".
Fonte: JP