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Cultura regulamenta ações afirmativas na Lei Paulo Gustavo

Por Redação em 11/08/2023 às 12:12:03

O Ministério da Cultura publicou, nesta sexta-feira (11), a regulamentação da Lei Paulo Gustavo sobre ações afirmativas e medidas de acessibilidade para apoio financeiro ao setor cultural. As regras orientam estados, municĂ­pios e Distrito Federal sobre procedimentos e mecanismos de estimulo à participação diversa e representatividade social de agentes culturais e equipes.

As normas determinam o incentivo a mecanismos como cotas, critérios diferenciados de pontuação, editais e categorias especĂ­ficas para mulheres, pessoas negras, pessoas indĂ­genas, comunidades tradicionais, inclusive de terreiro e quilombolas, populações nômades e povos ciganos, pessoas LGBTQIAP+, pessoas com deficiĂȘncia, pessoas idosas, em situação de rua e outros grupos vulnerabilizados socialmente.

As ações afirmativas também passam a ser critério determinante na seleção de membros dos conselhos, colegiados e comitĂȘs de apoio financeiro da União, estados, Distrito Federal e municĂ­pios; e também na contratação de avaliadores, pessoas responsĂĄveis por pareceres e outros profissionais responsĂĄveis pela execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo.

Cotas

A regulamentação traz os critérios para cada um dos mecanismos, como a obrigatoriedade, por exemplo, de cotas mĂ­nimas de 20% para pessoas pretas ou pardas e de 10% para indĂ­genas. Tais cotas devem se consideradas em cada uma das categorias, caso haja esse tipo de divisão.

Estratégias de democratização de acesso aos bens e serviços culturais, como gratuidade de ingressos e prĂĄtica de preços populares devem ser critérios diferenciados de pontuação nos editais que selecionam os contemplados pela Lei Paulo Gustavo. Tais editais também podem ser especĂ­ficos, ou trazer categorias especĂ­ficas, para territórios, povos, comunidades, grupos ou populações.

Regionalização

Também estão previstos outros mecanismos de descentralização e regionalização da produção cultural voltados para regiões periféricas, de baixo Índice de Desenvolvimento Humano, territórios rurais, quilombolas e indĂ­genas, além de outras ĂĄreas de interesse social.

Acessibilidade

Medidas de incentivo do protagonismo de agentes culturais com deficiĂȘncia e recursos de acessibilidade também fazem parte dos critérios previstos na regulamentação. Um exemplo é a previsão orçamentĂĄria obrigatória de, no mĂ­nimo, 10% para acessibilidade nos projetos, iniciativas ou espaços que concorram aos fomentos previstos na lei.

A coleta de informações sobre o perfil dos agentes culturais inscritos nos editais também passa a ser obrigatória. Para isso, o Ministério da Cultura disponibilizou modelos de formulĂĄrios como os de autodeclaração étnico-racial, ou para pessoa com deficiĂȘncia.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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