PF pode chegar a Anderson Torres e à cúpula da gestão Bolsonaro na investigação sobre ação da PRF nas eleições
A Polícia Federal avalia que avançará ainda mais nas investigações sobre as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições presidenciais para beneficiar o então presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal avalia que avançará ainda mais nas investigações sobre as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições presidenciais para beneficiar o então presidente Jair Bolsonaro.
Investigadores da PF têm mais dados na mão e apostam nos depoimentos de ex-assessores do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques colhidos na quarta-feira (9), e o do próprio Vasques, agendado para esta quinta (10), para obter novos dados.
A avaliação é que as investigações podem não só chegar no ex-ministro da Justiça Anderson Torres mas também no Palácio do Planalto, de onde teria partido a ordem para concentrar blitze no Nordeste, em cidades onde Lula conseguiu mais de 75% dos votos no primeiro turno.
A PF foca sua atenção na reunião ocorrida no Ministério da Justiça para tratar das blitze no Nordeste. Ali, a suspeita é que a ordem para a operação teria sido dada pelo Palácio do Planalto e a estratégia, definida por integrantes do comitê da reeleição.
Sinal de que a ação da PF assustou os bolsonaristas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro atacaram a operação da Polícia Federal que prendeu Silvinei Vasques, indicado para o posto de diretor-geral da PRF pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Eles classificaram a prisão pedida pela PF, e autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, de autoritária e política.
Só que a prisão foi autorizada a partir de provas obtidas pela PF indicando um "policiamento direcionado" da PRF no dia do segundo turno da eleição, para tentar dificultar a ida de eleitores de Lula às seções eleitorais.
Provas que apontaram ainda que a operação no Nordeste foi arquitetada dentro do governo Bolsonaro, conforme mensagens apreendidas em celulares de ex-assessores da administração anterior.
Fonte: G1