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Justiça

Convênio amplia proteção a crianças vítimas de violência sexual no Rio

Com a finalidade de dar segurança e proteção máxima às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual moradoras da capital fluminense, um convênio foi assinado entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiroe a prefeitura do Rio de Janeiro.


Com a finalidade de dar segurança e proteção máxima às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual moradoras da capital fluminense, um convênio foi assinado entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiroe a prefeitura do Rio de Janeiro. O acordo vai permitir a instalação de novas unidades do Centro de Atendimento Multidisciplinar à Crianças e Adolescentes (Cami), que funcionarão nas unidades de saúde da prefeitura. O atendimento às crianças e adolescentes será feito por uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogas, assistentes sociais, enfermeiros e demais categorias da rede de atenção à saúde.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso, considera a iniciativa fundamental na busca de soluções para uma questão tão grave quanto à violência sexual contra as crianças e adolescentes. "Essa violência é um acontecimento que, na maioria das vezes, se passa na surdina. Ninguém sabe, ou quando se vai saber, os danos são quase irreversíveis. Por isso essa parceria é fundamental. Tenho fé em Deus que vamos conseguir diminuir a dor dessas crianças, para que o quadro mude para elas, que elas possam ter alguma chance de tentar se recuperar".

Alerta

Coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), do Tribunal de Justiça, a desembargadora Adriana Ramos de Mello alerta para a importância das famílias redobrarem a atenção com pessoas que estão próximas das suas crianças. "A gente que trabalha com a violência, sente nos olhos, nos gestos, como a violência sexual impacta a vida dessa menina. Temos inúmeros relatos do sofrimento de ser vítima de violência sexual praticada, em grande parte, pelo pai, padrasto, tio, vizinho, avós. É uma coisa absurda! Parece que está muito longe da nossa realidade, mas não está. Isso está muito perto da casa da gente. Por isso, olhem as suas crianças. Vejam com quem está seu filho. Geralmente, esse tipo de pessoa que comete esse tipo de crime contra criança, é muito próximo dos pais. E, aí, é muito difícil apurar aquele crime, pois é mais fácil acreditar que a criança está mentindo" , alertou Adriana de Mello.

Unidades

Os três primeiros Cami foram instalados no primeiro semestre deste ano, nos bairros de Madureira, Realengo e Campo Grande. Neste segundo semestre, estão previstas as instalações de unidades nos bairros da Penha, Méier, Jacarepaguá e Santa Cruz.

Agência Brasil

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