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Brasil defende participação da Rússia em diálogo sobre guerra na Ucrânia com conselheiros do G7

Por Redação em 24/06/2023 às 20:53:53
Avaliado como positivo, encontro contou com convidados, entre os quais representante da Ucrânia. Segundo Planalto, motim de grupo mercenário na Rússia não foi discutido. Guerra da Rússia contra Ucrânia completou um ano em fevereiro.

O governo brasileiro avaliou como positiva a reunião de conselheiros dos países do G7, que agrupa as sete economias mais industrializadas do mundo, convocada para tratar da guerra na Ucrânia. Segundo o Palácio do Planalto, foi o primeiro grande encontro multilateral para discutir a paz.

O Brasil foi representado neste sábado (24) pelo assessor especial da Presidência e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Além do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e do Brasil, a reunião contou ainda com representantes da Índia, África do Sul, Turquia e Arábia Saudita.

A discussão sobre uma alternativa para alcançar o fim da guerra é um dos temas frequentemente defendidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em compromissos internacionais.

A ausência da Rússia no encontro foi um dos pontos criticados pelo Brasil. Na avaliação do Planalto, o encerramento do conflito, deflagrado pela Rússia contra a Ucrânia, depende da participação russa.

Lula tem declarado que é necessário a criação de uma espécie de clube da paz, com países neutros, para negociar diplomaticamente o encerramento do conflito.

Mais cedo, neste sábado, Lula voltou a tratar da proposta em coletiva à imprensa antes de deixar a França.

"A paz só vai acontecer quando os dois combatentes chegarem à conclusão de que é preciso ter paz Então, eu vou esperar esse momento. Eu, no G7, conversei com a Indonésia, conversei com a China, conversei com a Índia, conversei com o Vietnã, nós temos conversado com vários outros países", disse.

"O Celso Amorim já foi a Kiev, o Celso Amorim já foi a Moscou. Ele agora está em Copenhague. Ou seja, o presidente da África do Sul já foi à Rússia, já foi à Ucrânia. Ou seja, tem muita gente brigando pela paz. Tem muita gente tentando encontrar um caminho para que a gente chegue à paz. Eu espero que logo, logo, também os Estados Unidos estejam querendo encontrar a paz, aí vai ficar mais fácil a gente fazer a paz", acrescentou.

Rebelião na Rússia

O encontro ocorreu na esteira de uma rebelião de membros do grupo mercenário Wagner contra os militares da Rússia.

De acordo com o Planalto, na reunião, porém, os países somente mencionaram o motim e não aprofundaram a discussão.

Antes aliado do presidente Vladimir Putin nas invasões à Ucrânia, o grupo deu início, na sexta-feira (23), a embates contra o exército russo a fim de destituir o comando militar do país.

O líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin, acusou o Ministério de Defesa da Rússia de atacar acampamentos da organização e prometeu retaliação. Instalações militares do país chegaram a ser tomadas pelo grupo ao longo da noite de sexta (sábado no horário local).

Inicialmente, Putin classificou os atos como "facada nas costas", e disse que o grupo seria punido.

Neste sábado, Prigozhin paralisou o avanço dos mercenários sobre Moscou e determinou o retorno do grupo às bases. Pouco depois, Putin abriu caminho para uma anistia dos combatentes.

Fonte: G1

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