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Política

Justiça libera acesso de mensagens hackeadas da Lava Jato para todos os processados

Desembargador afirma que medida pode beneficiar mais de 380 investigados.


Desembargador afirma que medida pode beneficiar mais de 380 investigados. Defesas estão usando diálogos apreendidos na Operação Spoofing para anular condenações. A Segunda Seção do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) autorizou que todos os processados na Lava Jato tenham acesso a mensagens apreendidas na Operação Spoofing, quando hackers invadiram celulares do ex-juiz Sergio Moro e de ex-procuradores do Paraná.

A decisão foi tomada, por 5 votos a 3, nessa quarta-feira (15). O desembargador Ney Bello afirmou que a medida poderá beneficiar cerca de 380 investigados.

Defesas estão utilizando os diálogos para tentar anular condenações, sob argumento de que elas mostram que houve irregularidade nas condutas do juiz e dos ex-procuradores, portanto, que ocorreram falhas processuais.

O colegiado discutiu um recurso apresentado por advogados pedindo esclarecimentos sobre decisão tomada anteriormente, que permitiu que defesas tivessem acesso a todas as mensagens para analisar o que seria ou não utilizado em cada processo como prova.

"Como nós não estamos decidindo o mérito, que peso vão colocar na prova, se vai ser válida ou não, se é invalida porque foi hacker, se o peso é x ou y, é em cada processo criminal", afirmou o desembargador Ney Bello.

Segundo o magistrado, "se estamos dando acesso para alguém que foi processado, são 382 processados. Vamos julgar 382 mandados de segurança iguais. Porque, na verdade, todos vão entrar com mandados de segurança pedindo o acesso que a gente já deu. Por isso, coloquei estender isso para todo mundo que já foi processado para que a gente não julgue 382 mandados de segurança".

Bello disse que "se o réu X teve acesso, o réu Y vai ter acesso também".

O STF tem uma ação que discute a validade das mensagens como provas. Atendendo a pedidos de investigados na Lava Jato, a Segunda Turma do tribunal não só liberou acesso, como já suspendeu e anulou ações penais que usavam os diálogos como provas.

Nesta semana, o plenário do STF, em julgamento virtual, manteve decisão que impediu a destruição das mensagens apreendidas.

G1

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