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Deltan diz que ausência de sobrenomes em ação da Lava Jato é 'irrelevante' e que não analisou legalidade de doações a Alcolumbre e Maia

Por Redação em 02/07/2020 às 17:25:27

Nomes de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, sem os sobrenomes completos, aparecem em denúncia da Lava Jato do Paraná oferecida à Justiça em dezembro do ano passado. Procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba

RPC Curitiba

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse que a ausência dos sobrenomes dos presidentes da Câmara e do Senado numa ação que investiga doações ilegais de campanha é "irrelevante".

Dallagnol destacou, em entrevista à RPC, nesta quinta-feira (2), que o objetivo da citação dos nomes na tabela foi apontar doações feitas pelo Grupo Petrópolis por ordem do Grupo Odebrecht.

"Explicação técnica e operacional. O fato de o nome estar completo ou incompleto é irrelevante", disse.

Dallagnol destacou que a força-tarefa não investigou os nomes que aparecem na tabela e que os dados foram obtidos por acesso público de fontes de tribunais eleitorais.

"A força-tarefa da lava jato de Curitiba não analisou a legalidade ou ilegalidade dessas doações, mas apenas o desdobramento deste caso que cita os grupos Petrópolis e Odebrecht", disse.

Esta reportagem está em atualização.

A tabela

Na denúncia oferecida pelo MPF não aparecem os sobrenomes pelos quais o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) são conhecidos.

A tabela sobre as doações eleitorais realizadas por empresas do grupo Petrópolis a pedido da empreiteira Odebrecht, em 2014, aponta que Rodrigo Felinto recebeu R$ 200 mil. O nome completo do presidente da Câmara é Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia.

A tabela também mostra doação de R$ 97,4 mil a David Samuel. O nome completo do presidente do Senado é Davi Samuel Alcolumbre Tobelem.

Ao lado dos nomes de Maia, Alcolumbre e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, todos do DEM, não há indicação do partido, assim como nos de Gilberto Kassab e Guilherme Campos, ambos do PSD.

No documento, entretanto, há políticos com nomes completos e partidos corretos.

Na época dos fatos, Maia e Alcolumbre eram deputados federais e, portanto, já tinham foro no Supremo Tribunal Federal, não podendo ser investigados pela primeira instância da Justiça.

Veja mais notícias do estado no G1 Paraná.

Fonte: G1

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