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Criação dos dois grupos de trabalho foi publicada em edição extra do 'Diário Oficial da União', nesta segunda-feira (1º), Dia do Trabalho. Propostas serão analisadas posteriormente por Lula e ministros. Projeto da igualdade salarial prevê multa mais pesada para empresasO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decretos que criam dois grupos dentro do governo para discutir propostas de regulamentação do trabalho por aplicativos e de um plano nacional de igualdade salarial entre mulheres e homens. Os decretos foram publicados nesta segunda-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho, no "Diário Oficial da União". O grupo que tratará de atividades por aplicativos será vinculado ao Ministério do Trabalho, já o que vai discutir equidade salarial ficará sob responsabilidade do Ministério das Mulheres.LEIA TAMBÉM:Lula recebe sindicalistas e critica empresas de aplicativos: 'Exploram os trabalhadores como jamais foram explorados'Mesmo salário para homens e mulheres? Por que leis para corrigir desigualdade não 'vingaram' no BrasilTrabalho por aplicativosO grupo deverá elaborar uma proposta de regulamentação para trabalhos executados por meio de aplicativos. Entre os setores a serem incluídos estão:prestação de serviçostransporte de benstransporte de pessoasoutras atividades Segundo o decreto, o grupo terá 45 integrantes, com respectivos suplentes. O governo terá 15 vagas, as centrais sindicais mais 15, e representantes dos empregadores outras 15. Os nomes dos membros ainda não foram divulgados.O grupo terá 150 dias, prorrogáveis por mais 150, para finalizar as propostas, que serão enviadas para análise do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Lula e Marinho afirmam desde o início do governo que é preciso assegurar direitos para os trabalhadores por aplicativos. Lula já citou o exemplo da Espanha, onde governo, sindicatos e empregadores introduziram, na legislação trabalhista, o reconhecimento como assalariados de entregadores de plataformas.Igualdade salarialLula também criou um grupo de trabalho que discutirá a proposta de um "Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens". O comitê deverá levar em conta a situação de empregados, autônomos e trabalhadores informais em uma série de aspectos:salário, remuneração e oportunidades de ascensão profissional;condições e ambiente de trabalho;divisão da responsabilidade familiar pelo cuidado de crianças, idosos, pessoas com deficiência e pessoas com doenças incapacitantes;aspectos étnico-raciais;convenções e outros documentos assinados pelo Brasil no âmbito internacional;transversalidade do tema da igualdade salarial e laboral.O colegiado será composto por representantes de oito ministérios, que ainda não foram indicados. O grupo terá duração de 180 dias, prorrogáveis por mais 180. Após a conclusão do trabalho, o colegiado terá mais 30 dias para enviar a proposta à ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.Lula e ministros defendem desde a transição a necessidade de combater as diferenças entre mulheres e homens no ambiente de trabalho.Em março, Lula enviou ao Congresso um projeto de lei de igualdade salarial, para punir as empresas que remuneram menos as mulheres que desempenham a mesma função que os homens. A proposta ainda não foi analisada pelos parlamentares.